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Nova compra de Coronavac depende de registro definitivo, diz Queiroga

De acordo com o ministro, a vacina da Janssen também seguirá o mesmo processo

Ministério da Saúde: Queiroga assegurou que o governo já tem um programa definido para o ano que vem (Adriano Machado/Reuters)

Ministério da Saúde: Queiroga assegurou que o governo já tem um programa definido para o ano que vem (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de outubro de 2021 às 11h42.

No retorno aos trabalhos no Ministério da Saúde após isolamento por covid-19 nos Estados Unidos, o ministro Marcelo Queiroga condicionou a realização de um novo contrato de compra da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, à aprovação de uso definitivo do imunizante pela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o ministro, a vacina da Janssen também seguirá o mesmo processo.

“Esperamos que a Anvisa conceda um registro definitivo. Uma vez a Anvisa concedendo o registro definitivo, o Ministério da Saúde considera a compra dessa vacina para fazer parte do Programa Nacional de Imunização”, afirmou o ministro na manhã desta terça-feira (5), em conversa com jornalistas.

Apesar da incerteza sobre a aplicação de outras vacinas como parte do plano de revacinação da pasta, Queiroga assegurou que o governo já tem um programa definido para o ano que vem. “Podem ter certeza que já sabemos qual é o caminho”, garantiu o médico. “Temos o SUS e quem tem SUS, tem tudo”, disse.

Em agosto, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou, em entrevista ao Broadcast Político, que o governo garantirá a revacinação de toda a população brasileira em 2022 contra a covid-19 se os estudos clínicos mostrarem que isso será necessário. De acordo com o secretário executivo, há 180 milhões de doses da Oxford/Astrazeneca produzidas no Brasil já contratadas para 2022, o que seria suficiente para uma dose de reforço em toda a população vacinável no ano que vem.

Quarentena nos EUA

Após testar positivo para a covid-19 durante viagem aos Estados Unidos, para participar da Assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Queiroga contou que, durante a quarentena no país, teve sintomas leves e atribuiu parte desse quadro à vacinação. No entanto, o ministro contou que, após dias de confirmação da doença, apresentou quadro de febre e, então, por ter comorbidades, foi a um hospital nos Estados Unidos para procurar ajuda médica.

Segundo Queiroga, o médico americano o receitou alguns medicamentos para aliviar o quadro, mas não deu detalhes sobre quais remédios tomou. Após os jornalistas insistirem por mais detalhes, o ministro, incomodado, reforçou que trata-se de uma “questão privativa”.

“Eu tomei medicamento prescrito pelo meu médico, meu médico dos Estados Unidos. Eu procurei um médico como todo mundo faz. Quando você está doente você não procura um hospital ou um consultório? O médico prescreve um medicamento, você toma ou não. Quando você confia no seu médico você toma, quando você não confia o que você faz? Você muda de médico”, declarou.

Questionado sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro na ONU, Queiroga negou que o presidente tenha falado sobre “kit covid”, dizendo que o chefe do Executivo apenas defendeu a autonomia médica. No discurso, Bolsonaro afirmou que “não entendemos por que muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial”, e acrescentou: “a história e a ciência saberão responsabilizar a todos”.

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