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Sabesp garante abastecimento até março de 2015

Companhia reafirmou que o abastecimento de água está garantido com autorização e obras para usar uma "segunda cota" da reserva técnica do Cantareira


	Vista do coletor de água no sistema de abastecimento de água da Cantareira na represa de Jaguari em Joanópolis
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Vista do coletor de água no sistema de abastecimento de água da Cantareira na represa de Jaguari em Joanópolis (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 16h47.

São Paulo - A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, reafirmou nesta segunda-feira que o abastecimento de água está garantido até março de 2015, com autorização e obras para utilização de uma "segunda cota" da reserva técnica do Sistema Cantareira.

A segunda cota, de 106 bilhões de litros, da reserva técnica -também chamada de "volume morto"- pode elevar o nível do sistema em 10,7 pontos percentuais, quando começar a ser utilizada.

O Cantareira é o principal conjunto de reservatórios de água da região metropolitana de São Paulo e exibe nesta segunda-feira nível de 8 por cento, já considerando a utilização da primeira cota do volume morto, iniciada em meados de maio. A primeira cota "adicionou" 182,5 bilhões de litros ao sistema.

O volume morto é a porção de água que fica empoçada abaixo do nível de captação das comportas das represas e que precisa ser bombeada dos reservatórios para chegar a estações de tratamento.

O Estado de São Paulo enfrenta em 2014 a pior crise hídrica dos últimos 80 anos. Temperaturas mais altas que a média do início do ano aliadas com chuvas fracas do período não recuperaram as represas para o atual período do inverno, quando a pluviosidade normalmente é significativamente menor.

Segundo a Sabesp, as obras para a captação da segunda cota do volume morto estão prontas e ela "será utilizada se houver necessidade".

O pedido para utilização de cerca de mais 100 bilhões de litros foi feito ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo julho. Na época, o nível das represas do sistema era de 17 por cento.

O governo Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, tem preferido adotar medidas que têm evitado decretação de rodízio de água generalizado na região metropolitana, porém várias cidades do interior paulista, como Bauru e Mauá, estão decretando racionamento de água.

"Na remota hipótese de não chover uma gota na próxima estação chuvosa, está garantido o abastecimento, no mínimo, até março de 2015, quando estará consolidado o próximo período de chuvas", disse a Sabesp em nota, sem informar se há garantia de que a próxima estação chuvosa ficará dentro da média histórica.

Segundo dados da Sabesp, o volume útil do Sistema Cantareira se esgotou em 12 de julho.

Na sexta-feira, a Agência Nacional de Águas (ANA) decidiu deixar o Grupo Técnico de Assessoramento para a Gestão do Sistema Cantareira (GTAG-Cantareira).

O grupo foi criado diante da crise hídrica vivida pelo Estado e inclui o DAEE, Consórcio PCJ e Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, além de representantes da Sabesp.

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