Cantareira: nesta quinta, nível do sistema chegou a 7,4% da capacidade, o mais baixo da história (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2014 às 19h49.
São Paulo - O secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, disse nesta quinta-feira, 25, que a primeira cota do volume morto do Sistema Cantareira deve durar até o dia 21 de novembro, se o índice de chuvas na região dos reservatórios permanecer como está.
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) conta com uma segunda cota da reserva profunda das represas para manter o abastecimento na Grande São Paulo até março do ano que vem sem adotar racionamento oficial de água.
"Nós agora temos um segundo volume que estamos preparando para usar. Vamos adiar o máximo", disse Arce, sobre os 106 bilhões de litros adicionais da reserva que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pretende utilizar.
"Se continuar assim, vamos liberar no dia 21 de novembro", completou o secretário, que participou de uma visita ao Parque Várzeas do Tietê, na zona leste de São Paulo, ao lado de Alckmin.
O uso do segundo volume morto ainda não foi liberado pelos órgãos reguladores do manancial.
Nesta quinta, o nível do Cantareira chegou a 7,4% da capacidade, o mais baixo da história.
Restam hoje nos cinco reservatórios que formam o manancial 72,2 bilhões de litros da primeira cota do volume morto, de 182,5 bilhões, que começou a ser bombeada no dia 31 de maio.
Alckmin tem apostado na próxima temporada de chuvas, que vai de outubro a março, para aliviar a crise de abastecimento e recarregar as represas.
Para ele, há chances de não precisar utilizar a segunda cota do volume morto.
"Nós estamos preparados. Mas talvez nem precise da chamada da segunda reserva técnica", disse o tucano, que havia descartado retirar mais água da reserva há três meses.