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Ouça suposto plano de Delcídio para atrapalhar Lava Jato

O senador Delcídio do Amaral e o banqueiro André Esteves são suspeitos de oferecer dinheiro em troca de silêncio de Nestor Cerveró

Senador Delcidio Amaral (PT-MS) - 25 de agosto de 2015 (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Senador Delcidio Amaral (PT-MS) - 25 de agosto de 2015 (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 15h25.

São Paulo - Áudio gravado por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, revela o plano do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, para supostamente atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. 

Foi essa gravação que embasou a decisão do ministro Teori Zavascki para liberar a prisão preventiva do político. Esta é a primeira vez que um senador em exercício é preso pela Polícia Federal, a operação, contudo, ainda depende de autorização do Senado.

Além dele, também foram presos o banqueiro André Esteves, do BTG, e o advogado Edson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, e Diogo Ferreira, chefe de gabinete de Delcidio do Amaral.

O diálogo teria sido travado em um hotel de Brasília. Além do senador, estavam presentes o  filho de Nestor Cerveró, Bernardo, o advogado Edson Ribeiro, o chefe de Gabinete de Delcídio e Diogo Ferreira. Ouça a íntegra da conversa em áudio disponbilizado pela coluna Radar de Veja.com.

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Junto com o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, também preso hoje, o senador teria oferecido 4 milhões de reais para o advogado Edson Ribeiro, então defensor de Cerveró, para impedir que o ex-executivo fechasse um acordo de delação premiada ou, então, que limasse o executivo do BTG e Delcídio dos depoimentos.

Os suspeitos teriam ainda entregado 50 mil reais a Bernardo Cerveró, filho do ex-executivo da estatal e prometido uma mesada no mesmo valor como pagamento pelo silêncio do investigado. Ele teria, inclusive, prometido interceder pela liberdade de Cerveró junto ao Supremo Tribunal Federal. Veja o que pesa contra os dois

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