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Levy na Fazenda como um agente da CIA na KGB, ironiza Aécio

Tucano ironizou a indicação do economista para dirigir o Ministério da Fazenda no segundo mandato de Dilma


	Aécio Neves: senador citou que a indicação de Levy seria como se um agente da CIA fosse convocado para dirigir a KGB
 (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)

Aécio Neves: senador citou que a indicação de Levy seria como se um agente da CIA fosse convocado para dirigir a KGB (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 10h43.

Brasília - O candidato derrotado do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), ironizou nesta terça-feira a indicação do economista Joaquim Levy para dirigir o Ministério da Fazenda no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).

"O mais adequado é a consideração que fez meu Armínio Fraga, que disse que via na indicação de Joaquim Levy algo como se um grande quadro da CIA fosse convocado para dirigir a KGB", brincou o tucano, citando as agências de inteligência norte-americana e russa, que têm uma rivalidade histórica.

Levy, que hoje está no Bradesco, foi aluno de Armínio Fraga, que coordenou o programa econômico de Aécio durante a campanha presidencial e seria a escolha para a pasta caso o tucano tivesse sido eleito.

O comentário de Aécio ocorreu logo após fazer um duro pronunciamento contra a articulação dos governistas de votar, em bloco, os 38 vetos presidenciais que trancam a pauta do Congresso.

A apreciação desses vetos é pré-requisito para que deputados e senadores votem o projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, ampliando o abatimento da meta de superávit primário.

Aos jornalistas, Aécio chamou Levy de "amigo pessoal".

O futuro ministro da Fazenda - que deve assumir o cargo após a aprovação do projeto que altera a LDO de 2014 - teve uma formação acadêmica alinhada ao pensamento econômico ortodoxo e teve passagem pelo Executivo no segundo mandato do governo Fernando Henrique Cardoso.

Em 2000, ele foi nomeado Secretário-Adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda e, no ano seguinte, assumiu o cargo de economista-chefe do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Ele também foi secretário do Tesouro no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde a sexta-feira da semana passada, o indicado foi bombardeado nos bastidores pelo PT de Dilma. Ontem, contudo, quadros do partido passaram a defender a nomeação de Levy.

O primeiro vice-presidente do Senado, o petista Jorge Viana, afirmou nesta segunda-feira, 24, que o economista é o "mais completo" para comandar a Fazenda.

"Foram vocês que noticiaram que ela estava convidando o (Luiz Carlos) Trabuco, que ela estava se especulando com o (Henrique) Meirelles. O Joaquim Levy é mais completo. Ele não é um banqueiro, é uma pessoa que veio do mundo da economia e tem um contato com a vida real, foi secretário e, no caso dele, eu acho que é mais completo do que os outros", afirmou.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), saiu em defesa das primeiras escolhas de Dilma para o primeiro escalão do seu segundo mandato, mas destacou que Dilma é a responsável por conduzir o governo em todas as áreas, não significando que se trata de "terceirizar" a gestão.

Humberto Costa disse que "todos" estão confiantes na condução de Levy da política econômica do próximo mandato da presidente, caso ele venha a ser confirmado como titular da pasta.

"Dos nomes aí postos, quero ressaltar o nome de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, sobre o qual muitos têm tentado disseminar um ambiente de mal estar entre ele e o PT", afirmou Costa.

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