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"Nós não vamos fechar", diz funcionário de João de Deus

Depois que vieram a público as denúncias de abuso sexual, o movimento da Dom Inácio caiu de forma expressiva

João de Deus, médium é denunciado por abusos sexuais (Wikimedia Commons/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de dezembro de 2018 às 09h51.

Última atualização em 15 de dezembro de 2018 às 12h29.

Goiânia - A notícia da decretação da prisão preventiva de João de Deus abalou a cidade de Abadiânia, a 113 quilômetros de Brasília. Na Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus faz os atendimentos a cerca de 3 mil fiéis por semana, o maior receio era de que o local fechasse as portas.

Um dos funcionários mais próximos de João de Deus, Francisco Lobo, afirmou ter recebido ligações de fiéis com dúvidas sobre como será o funcionamento do centro. "Nós não vamos fechar. Aqui é uma casa religiosa."

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Nesta semana, a primeira depois que vieram a público as denúncias de abuso sexual contra João de Deus, o movimento da Dom Inácio caiu de forma expressiva. Lobo atribuiu parte da redução do movimento à proximidade das festas de fim de ano. "Claro, quem nunca veio até aqui pode ter adiado. Mas quem conhece a casa não se abalou."

O movimento das pousadas também diminuiu. Uma gerente, que não quis ter seu nome publicado, afirmou que o prejuízo nos últimos três dias foi de R$ 10 mil. O turismo religioso exerce papel importante na economia de Abadiânia, de 17 mil habitantes. A estimativa é de que a casa Dom Inácio de Loyola gere 1,3 mil empregos diretos e indiretos.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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