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Nos bastidores, petistas se articulam para novas eleições

A posição oficial do PT obedece à estratégia do ex-presidente Lula e tem o objetivo de não desrespeitar Dilma, já que a proposta só poderia partir dela mesma


	Ativistas mostram apoio ao PT: posição oficial do partido é de não desrespeitar Dilma, já que a proposta só poderia partir dela mesma
 (Andressa Anholete / AFP)

Ativistas mostram apoio ao PT: posição oficial do partido é de não desrespeitar Dilma, já que a proposta só poderia partir dela mesma (Andressa Anholete / AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2016 às 10h14.

São Paulo, 21/04/2016 - Embora o presidente nacional do PT, Rui Falcão, tenha dito nesta semana que o partido não vai discutir a proposta de realização de novas eleições por se tratar de prerrogativa exclusiva da presidente Dilma Rousseff, setores da sigla mantêm as articulações em torno da alternativa.

A posição oficial do partido obedece à estratégia definida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem o objetivo de não desrespeitar Dilma, já que a proposta implica a abreviação do mandato da presidente e só poderia partir dela mesma.

Dilma não tem demonstrado empolgação, mas também não descartou definitivamente a possibilidade. Em conversa com jornalistas, na semana passada, disse ter "respeito" por uma solução que "passe pelo voto popular". Já na entrevista coletiva concedida na segunda-feira, desconversou e disse que a proposta não está colocada.

Pelo plano traçado por Lula, governo e PT se afastam do assunto e miram no discurso na possibilidade (remota) de reverter a decisão da Câmara no Senado e na deslegitimação de um eventual governo Michel Temer (PMDB).

Em outra frente, senadores petistas continuam as articulação em torno da proposta no Congresso e com outros partidos como a Rede e movimentos sociais mantêm o assunto aceso na sociedade. Anteontem, Guilherme Boulos, do MTST, defendeu diante de Lula a realização de novas eleições durante reunião do diretório nacional do PT. A decisão final, que cabe a Dilma, só deve ser tomada às vésperas da votação no Senado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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