Reforma da Previdência: governo não incluiu a mudança na aposentadoria de militares na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência apresentada no mês passado ao Congresso (Ricardo Moraes/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de março de 2019 às 09h49.
Brasília - A nomeação de quatro vice-líderes do governo na Câmara com origem militar acendeu o sinal de alerta em alguns parlamentares e até em parte da equipe econômica de Jair Bolsonaro. O temor é de que a categoria se fortaleça e dificulte mudanças nas regras de aposentadoria da carreira.
Entre os sete indicados por Bolsonaro no início do mês, estão o líder da bancada da bala, Capitão Augusto (PR-SP), além de Coronel Armando (PSL-RJ), Major Fabiana (PSL-RJ) e José Medeiros (Pode-MT).
"Eles (militares) serão mais alguns, de muitos, que diariamente baterão às portas do Congresso tentando levar, legitimamente, a visão da sua categoria", disse o líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP).
O governo não incluiu a mudança na aposentadoria de militares na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência apresentada no mês passado ao Congresso, o que gerou descontentamento entre parlamentares.
Segundo Capitão Augusto, não haverá defesa de privilégios, mas as mudanças deverão respeitar as características da categoria. "Não tem cabimento colocar para nós os mesmos deveres e não dão os mesmos direitos", disse o vice-líder. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.