O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2014 às 18h45.
Rio - Desde que assumiu o governo do Estado do Rio, em 4 de abril, Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato à reeleição, cumpre agendas puxadas, que têm entre quatro e seis compromissos por dia.
Nesta quarta-feira, 2, no entanto, ele bateu o recorde: em doze horas, participou de dez eventos, entre entrega de veículos, inaugurações e assinatura de convênios.
A maratona deve continuar nesta quinta e amanhã, último dia em que, pela legislação eleitoral, candidatos podem inaugurar obras públicas.
Na segunda e na terça-feira, o governador participou de sete inaugurações, três delas em companhia da presidente Dilma Rousseff. Ontem, foram mais cinco, entre 10h e 18h30.
Mas o dia começou às 8h com entrega de oito veículos táticos blindados e 300 carros para Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) e acabou às 20h30 na festa de aniversário do Corpo de Bombeiros.
Em uma semana, Pezão inaugurou 23 obras (ruas asfaltadas, trechos de rodovias e casas populares) e novas instalações, como escolas e delegacias.
A agenda é tão extensa que, no último sábado, ao chegar a Piratininga, em Niterói (região metropolitana), para inaugurar obras do programa Bairro Novo, o governador já encontrou os moradores cantando o hino nacional do jogo Brasil e Chile na Copa.
Assistiu a partida por lá. Antes, tinha inaugurado uma Companhia Destacada da Polícia Militar do Morro do Cavalão e uma Clínica da Família, no mesmo município.
"Antes de assumir o governo eu era coordenador de Infraestrutura, tinha que acompanhar de perto. Estamos fazendo obra no Estado inteiro, tem muita coisa para inaugurar, não vai dar tempo de tudo. Não tem nenhum município do Estado onde eu não tenha ido pelo menos quatro ou cinco vezes", diz Pezão.
O governador tem pressa não apenas por causa das restrições da lei, mas porque cada dia é precioso para se apresentar ao eleitor.
Pesquisa Ibope encomendada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), realizada com 1.204 pessoas, entre os dias 7 e 11 de junho (registrada no TRE-RJ com o número 00006/2014), mostra que Pezão é o menos conhecido entre os quatro candidatos mais competitivos.
Entre os entrevistados, 36% conheciam o governador apenas de ouvir falar ou não sabiam da existência do peemedebista. A administração estadual teve apenas 16% de avaliação boa e ótima e 29% de ruim e péssima.
"Posso crescer, dependo do governo que eu fizer, de as pessoas me verem, da maneira como vão me ver", diz Pezão, que alcançou 13% de intenções de voto na pesquisa.
O líder, Anthony Garotinho (PR), teve 18%, seguido de Marcelo Crivella (PRB), com 16%. O petista Lindbergh Farias teve 11%.
A pesquisa ainda incluía as candidaturas de Cesar Maia (DEM, que teve 8%) e Miro Teixeira (PROS, com 1%), que desistiram de concorrer ao governo.
Pezão tem tido melhor desempenho nos bairros de classe média da capital e no Sul e Centro-Sul do Estado. A região metropolitana é disputada de forma acirrada pelos candidatos e Garotinho prevalece na Região dos Lagos, Norte e Noroeste.
Com três candidatos a presidente em seu palanque, Pezão promete apoio a Dilma e aproveitou a visita de dois dias da presidente ao Rio para tentar desfazer o mal estar causado pela entrada do DEM e do PSDB na chapa do PMDB, com o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) candidato ao Senado.
O acordo fortaleceu o movimento "Aezão", que prega o voto conjunto em Pezão e no candidato tucano a presidente, Aécio Neves.
O governador tem ainda apoio do presidenciável Pastor Everaldo, do PSC. Dilma tem quatro aliados na disputa pelo Palácio Guanabara: Pezão, Lindbergh, Garotinho e Crivella.