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No dia do Copom, dado de inflação sobe e põe pressão sobre o BC

IPCA-15 subiu 0,77% em abril ante 0,60% em março; no acumulado em 12 meses, índice registra alta de 6,44%

Mercado faz pressão para que Tombini e sua equipe não encerrem o aperto monetário (Agência Brasil)

Mercado faz pressão para que Tombini e sua equipe não encerrem o aperto monetário (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 09h20.

São Paulo - A prévia da inflação oficial do Brasil neste mês registrou alta de 0,77%, superior à taxa de 0,60% de março e muito acima da variação de 0,48% em abril de 2010. Com a elevação, o IPCA-15 acumula alta de 6,44% em 12 meses, se aproximando do teto da meta (6,5%).

O resultado coloca mais pressão sobre os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que, nesta quarta-feira (20) definem a nova taxa básica de juros, atualmente em 11,75% ao ano.

"Os grupos Alimentação e Bebidas (de 0,46% para 0,79%) e Transportes (de 1,11% para 1,45%) foram os principais responsáveis pelo maior ritmo de crescimento do IPCA-15 de março para abril. Com isto a taxa de 0,77% teve 0,46 ponto percentual de contribuição dos dois grupos, sendo 0,27 ponto dos transportes e 0,19 dos alimentos o que significa 60% do índice", diz relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo do índice de inflação.

Veja o desempenho de cada grupo pesquisado pelos técnicos do IBGE:

Fonte: IBGE
Grupos Variação em abril
Alimentação e Bebidas 0,79%
Transportes 1,45%
Vestuário 1,46%
Despesas Pessoais 0,51%
Habitação 0,72%
Artigos de Residência -0,07%
Saúde e Cuidados Pessoais 0,57%
Educação 0,07%
Comunicação 0,06%
IPCA-15 total 0,77%

O IBGE também divulga a prévia da inflação oficial medida em várias regiões. Curitiba (1,26%) liderou a alta dos preços enquanto Brasília teve a menor variação (0,42%).

Fonte: IBGE
Regiões Abril
Curitiba 1,26%
São Paulo 0,94%
Porto Alegre 0,82%
Fortaleza 0,76%
Rio de Janeiro 0,68%
Goiânia 0,65%
Salvador 0,53%
Recife 0,52%
Belo Horizonte 0,50%
Belém 0,47%
Brasília 0,42%
Brasil 0,77%
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