No Conselho, Dilma sabia de todos os negócios, diz Costa
Ex-diretor alegou à CPI da Petrobras que como presidente do Conselho da estatal, Dilma Rousseff sabia de todos os negócios que foram aprovados
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2015 às 20h51.
Brasília - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras , Paulo Roberto Costa, repetiu à CPI da Petrobras que enquanto presidente do Conselho de Administração da estatal, a hoje presidente da República Dilma Rousseff sabia de todos os negócios que foram aprovados pelo colegiado, inclusive a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Costa, que participou da reunião do conselho que decidiu pela compra da refinaria, disse que na ocasião foi feita uma apresentação técnica pela Área Internacional detalhando o que seria o negócio e os benefícios da compra. "Não houve nenhum questionamento mais vigoroso, mais intenso, sobre essa compra", contou.
O ex-diretor negou à CPI da Petrobras que tenha sido o comandante do esquema de corrupção instalado na estatal. "Eu nunca comandei isso", afirmou.
Em cinco horas de depoimento, Costa disse que uma combinação de fatores favoreceram o esquema de corrupção: o interesse das empresas, os maus políticos e um pequeno grupo de funcionários.
"Não existem empresas inocentes", enfatizou. Ele disse que recebeu dinheiro de todas as empresas do cartel de empreiteiras. O ex-diretor repetiu que a gêneses do esquema foi o grupo político que recebeu propina.
Ele reafirmou que nunca falou sobre o esquema de corrupção com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com sua sucessora Dilma Rousseff. Em sua avaliação, as investigações da Operação Lava Jato só estão na fase que se encontram graças a sua delação premiada. "Eu iniciei esse processo", vangloriou-se.
Segundo ele, a decisão de delatar foi tomada em conjunto com sua família. "Minha família sofreu dez vezes mais. Eu errei? Errei e estou arrependido porque o preço que estou pagando é muito alto", respondeu.
Beneficiários
Ao falar sobre o envolvimento de políticos, Costa contou que esteve em reunião com o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), que pediu dinheiro para ele e para a então governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB).
O ex-diretor mencionou uma lista do doleiro Alberto Youssef que incluía o governador do Acre, Tião Viana (PT), como um dos beneficiários.
O ex-diretor confirmou que foi procurado por Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que teria pedido para que ele não causasse nenhum problema na aprovação da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Brasília - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras , Paulo Roberto Costa, repetiu à CPI da Petrobras que enquanto presidente do Conselho de Administração da estatal, a hoje presidente da República Dilma Rousseff sabia de todos os negócios que foram aprovados pelo colegiado, inclusive a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Costa, que participou da reunião do conselho que decidiu pela compra da refinaria, disse que na ocasião foi feita uma apresentação técnica pela Área Internacional detalhando o que seria o negócio e os benefícios da compra. "Não houve nenhum questionamento mais vigoroso, mais intenso, sobre essa compra", contou.
O ex-diretor negou à CPI da Petrobras que tenha sido o comandante do esquema de corrupção instalado na estatal. "Eu nunca comandei isso", afirmou.
Em cinco horas de depoimento, Costa disse que uma combinação de fatores favoreceram o esquema de corrupção: o interesse das empresas, os maus políticos e um pequeno grupo de funcionários.
"Não existem empresas inocentes", enfatizou. Ele disse que recebeu dinheiro de todas as empresas do cartel de empreiteiras. O ex-diretor repetiu que a gêneses do esquema foi o grupo político que recebeu propina.
Ele reafirmou que nunca falou sobre o esquema de corrupção com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com sua sucessora Dilma Rousseff. Em sua avaliação, as investigações da Operação Lava Jato só estão na fase que se encontram graças a sua delação premiada. "Eu iniciei esse processo", vangloriou-se.
Segundo ele, a decisão de delatar foi tomada em conjunto com sua família. "Minha família sofreu dez vezes mais. Eu errei? Errei e estou arrependido porque o preço que estou pagando é muito alto", respondeu.
Beneficiários
Ao falar sobre o envolvimento de políticos, Costa contou que esteve em reunião com o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), que pediu dinheiro para ele e para a então governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB).
O ex-diretor mencionou uma lista do doleiro Alberto Youssef que incluía o governador do Acre, Tião Viana (PT), como um dos beneficiários.
O ex-diretor confirmou que foi procurado por Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que teria pedido para que ele não causasse nenhum problema na aprovação da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.