No Amazonas, cadeia improvisada tem gente até na capela
Os detentos também exigem banhos de sol e liberação das visitas no local - o que não tem sido possível
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de janeiro de 2017 às 10h15.
Manaus - Um tumulto entre dois detentos causou tensão na Cadeia Raimundo Vidal Pessoal, em Manaus, usada para abrigar presos ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC) e separá-los dos detentos pertencentes à Família do Norte.
O caso mostrou a situação crítica do local, que deveria estar desativado e tem de abrigar detentos até na capela e na enfermaria.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), os detentos também exigem banhos de sol e liberação das visitas no local - o que não tem sido possível.
Até então, pelo menos 284 presos foram transferidos para a Vidal Pessoal, que havia sido fechada em outubro do ano passado.
Alegando a necessidade de garantir a segurança do sistema, após o massacre de 60 presos no início da semana, o Estado informou que está temporariamente suspensa a entrega de alimentos e materiais em todas as unidades prisionais e a visita de familiares aos internos hoje e amanhã.
"A medida visa a garantir a segurança e a integridade física dos familiares, funcionários e internos do sistema prisional", diz a nota da Seap.