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Nível de todos reservatórios cai em SP; Cantareira é exceção

O nível do manancial, que cresce pelo 26º dia seguido, atingiu a marca de 19,1% de sua capacidade máxima

Cantareira: foi registrado 0,1 milímetro de chuva na região (Divulgação/Sabesp)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2015 às 11h12.

São Paulo - Em mais um dia sem chuva consistente, o Sistema Cantareira apresentou alta nesta quarta-feira, 1º, revelam dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ).

O nível do manancial, que cresce pelo 26º dia seguido, atingiu a marca de 19,1% de sua capacidade máxima, ou seja, 0,1 ponto porcentual a mais do que na véspera.

No período, foi registrado 0,1 milímetro de chuva na região.

Todos os outros demais reservatórios hídricos da Grande São Paulo tiveram queda.

Também pelo cálculo novo da Sabesp, o Cantareira subiu 0,1 ponto porcentual, atingindo a marca de 14,8%.

Há algumas semanas, a Sabesp passou a divulgar um novo cálculo para a contagem da reserva do Cantareira, após pressão do Ministério Público Estadual.

Na prática, tanto a antiga metodologia quanto a nova consideram o mesmo volume de água armazenada: 150,6 bilhões de litros.

O que muda é a base de comparação. Na antiga, a divisão é feita entre o volume armazenado e o útil. Na nova, os dois são auferidos.

O Sistema Rio Grande foi o que teve, proporcionalmente, a maior queda.

Ali, o nível baixou de 97,5% para 97,1%. O Rio Claro, por sua vez, caiu 0,3 ponto porcentual, chegando a 43,3%.

Em seguida, aparecem o Guarapiranga e o Alto Cotia, que perderam 0,2 ponto porcentual cada um, atingindo, respectivamente, as marcas de 85% e 65%.

Já o Alto Tietê desceu de 22,8% para 22,7% de um dia para o outro, segundo a Sabesp.

Na maioria dos mananciais, não houve chuva registrada no período.

Além do Cantareira, o único manancial que teve algum acúmulo de água da chuva foi o Alto Cotia, com 0,2 mm.

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São Paulo – As chuvas já ficaram mais frequentes em São Paulo neste mês de novembro. Mesmo assim, dados da Sabesp mostram que o nível de água nos reservatórios que atendem a região metropolitana continua preocupante. Na sexta-feira, o Sistema Alto Tietê chegou a 4,2% de sua capacidade. O Cantareira atingiu 7,5%. Mesmo com a economia dos consumidores, a situação permanece crítica. Parte da explicação pode estar em números do governo federal. Em relatórios elaborados nos últimos anos, a Agência Nacional de Águas (ANA) constatou que o Brasil tem bastante capacidade de armazenamento de água. Porém, a maior parte de nossos recursos está na região amazônica, onde há poucos habitantes. Já em 2010, um documento da ANA previa que, até 2015, 55% dos municípios do país poderiam ter abastecimento deficitário. Veja nos slides acima esses e outros números que mostram o quadro do abastecimento de água no Brasil e evidenciam que esse deve ser um problema presente em nosso cotidiano nos próximos anos.
  • 2. Cidades que desperdiçam

    2 /2(Marcos Santos/ USP Imagens)

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