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"Ninguém é imbatível na vida", diz FHC sobre Dilma

Apesar da avaliação, FHC cobrou que a oposição assuma um discurso político segmentado nas eleições e citou a inflação como um dos pontos a serem levados ao debate


	Fernando Henrique Cardoso: "embora seja ainda tênue, o povo começa a sentir algum efeito negativo da inflação", disse o ex-presidente.
 (Mark Wilson/Getty Images)

Fernando Henrique Cardoso: "embora seja ainda tênue, o povo começa a sentir algum efeito negativo da inflação", disse o ex-presidente. (Mark Wilson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2013 às 20h27.

São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quinta-feira, em entrevista à Agência Estado, que "ninguém é imbatível na vida", ao ser indagado sobre o favoritismo da presidente Dilma Rousseff à reeleição em 2014, de acordo com o que indicam as mais recentes pesquisas de intenção de voto. Apesar da avaliação, Fernando Henrique cobrou que a oposição assuma um discurso político segmentado na disputa eleitoral e citou a inflação como um dos pontos a serem levados ao debate. "Embora seja ainda tênue, o povo começa a sentir algum efeito negativo da inflação", exemplificou.

Ele citou ainda a ineficiência da infraestrutura e da saúde como outros pontos a serem abordados pela oposição. "O discurso tem de ser mais segmentado e é preciso que o candidato não apenas fale, mas dê um testemunho e esteja presente", disse, após seminário no Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), em São Paulo. "Discurso político não é uma coisa intelectual, depende da sensibilidade dos que forem candidatos. É muito conjuntural e tem de ser processado no contato com o povo."

O ex-presidente comentou ainda sobre a crise na Venezuela, após a apertada vitória do presidente eleito Nicolás Maduro nas eleições do fim de semana sobre o candidato Henrique Capriles. Segundo FHC, a situação econômica na Venezuela não é das melhores e a política está um pouco "crispada", com uma solução difícil no curto prazo. "Eu creio que a Venezuela requer um esforço de pacificação." Indagado sobre se defende uma recontagem dos votos, pedida pela oposição, resumiu: "Sempre que se pede, é mais fácil que se faça. Se é verdade, se demonstre."

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