Rio Arari, no Pará: o excesso de passageiros nas embarcações é assinalado como a principal causa dos naufrágios registrados na Amazônia. (GettyImages)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2013 às 19h41.
Rio de Janeiro - Pelo menos 12 pessoas morreram e um número indeterminado continua desaparecido após o naufrágio de uma embarcação com mais de 60 passageiros na madrugada desta sexta-feira no rio Arari, no estado do Pará.
O acidente ocorreu por volta da 1h desta sexta-feira a cerca de 500 metros do porto de Cachoeira do Arari, um dos municípios localizados na Ilha do Marajó.
As equipes de resgate, reforçadas por dois navios patrulha, duas lanchas da Marinha e mergulhadores, retiraram da água 46 sobreviventes, mas os trabalhos de busca continuam sendo realizados na região.
Entre os sobreviventes, pelo menos nove foram levados a hospitais da região, incluindo um bebê que teve que ser transferido de helicóptero até Belém devido à gravidade de suas lesões.
A embarcação "Leão do Norte", que era utilizada para o transporte de passageiros na Amazônia, tinha partido às 5h da quinta-feira de Vila do Arapixi, outro dos municípios da Ilha do Marajó, e se dirigia a Belém.
Segundo relatos dos sobreviventes, a embarcação partiu com cerca de 60 passageiros, apesar de sua capacidade ser restrita a um número inferior, e ainda recolheu outros em pelo menos mais quatro paradas realizadas.
O naufrágio da embarcação ocorreu no momento em que a mesma se aproximava do porto de Cachoeira do Arari, sendo que muitos dos passageiros dormiam no momento do incidente, o que pôde ter dificultado a saída dos mesmos.
"O excesso de passageiros e a falta de perícia do piloto na hora de fazer a curva puderam ter provocado o acidente", relatou o tenente dos bombeiros Marco Scienza, que coordena os trabalhos de resgate.
O excesso de passageiros nas embarcações é assinalado como a principal causa dos naufrágios registrados na Amazônia, onde a navegação é o principal meio de transporte.
Apesar da informação de que 40 pessoas estavam desaparecidas ter vindo à tona inicialmente, a Marinha informou que esse número não pode ser estabelecido com precisão por causa da falta de uma lista de passageiros.