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PV não está nos governos estadual e municipal, diz Natalini

Candidato disse que o que o Partido Verde não faz parte do governo de Haddad, apesar de Ricardo Teixeira ser um secretário

Gilberto Natalini (PV) durante inauguração de um comitê de campanha em Ribeirão Preto (Divulgação)

Gilberto Natalini (PV) durante inauguração de um comitê de campanha em Ribeirão Preto (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 18h41.

São Paulo - O candidato a governador Gilberto Natalini (PV) disse nesta terça-feira, na série 'Estadão Entrevistas', que o Partido Verde não faz parte do governo municipal de Fernando Haddad, apesar de Ricardo Teixeira, que é do PV, ser o secretário de Coordenação das Subprefeituras.

"A presença dele é uma questão pessoal", disse Natalini, ao argumentar que Teixeira não foi indicado do partido, mas recebeu um convite pessoal para integrar o governo de Haddad.

Questionado, Natalini disse não ver necessidade de o PV expulsar Teixeira nesse cenário, pois considera ser compreensível separar a pessoa do secretário de sua figura partidária.

Com relação à secretaria que o PV tinha no governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB), atual adversário de Natalini nas urnas, ele ressaltou que o partido entregou antes das eleições o cargo de Edson Giriboni como secretário de Saneamento e Energia.

"Houve uma combinação política entre o PV e o governo, em que o PV deu governabilidade e teve espaço no governo. Isso é comum na democracia. É direito do PV ter candidato", defendeu.

Natalini disse ainda que não foi iniciativa dele lançar-se candidato, mas uma opção do partido pela candidatura própria. Ele afirmou que foi uma "necessidade partidária" e que o PV tem "força política" para sustentar a candidatura própria.

Crise Hídrica

Questionado sobre a atual crise hídrica em São Paulo e a responsabilidade de seu correligionário Edson Giriboni, até pouco tempo atrás secretário de Saneamento e Energia, Natalini rebateu argumentando que o poder dos secretários é limitado ante o poder do governador, que o PV apresentou propostas e que a questão hídrica está sendo enfrentada com muito atraso.

"Quem manda no governo é o governante", disse, em referência a Alckmin. "Um secretário tem que ficar mendigando para aumentar a verba dele".

Ainda assim, defendeu a gestão de seu correligionário à frente da pasta.

"Acho que a postura que o PV desempenhou naquela função trouxe muitas propostas para aquela questão (da água). Agora, não foram suficientes para encarar este estresse que a natureza colocou."

O candidato evitou classificar a postura atual do governo estadual de "racionamento".

Disse que há uma "menor oferta de água", que é uma das maneiras de resolver o problema no curto prazo, mas afirmou que o ponto mais importante e onde o governo falha é ter políticas mais restritivas que promovam o uso racional do recurso.

Natalini aproveitou o tema para ressaltar que o Partido Verde, diferentemente de outras legendas, prioriza a questão da sustentabilidade.

"O clima enlouqueceu e não caiu a ficha do governo", disse, lembrando que nessa e em outras áreas é preciso considerar a preservação ao meio ambiente.

Gilberto Natalini foi o segundo convidado da série 'Entrevistas Estadão', da qual participam os principais candidatos ao governo de São Paulo. O primeiro participante foi o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

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