Brasil

Maioria dos internados em hospitais são não vacinados, diz Queiroga

Na cerimônia de recebimento da primeira remessa de doses pediátricas da Pfizer, ele atestou a segurança do imunizante, mas destacou que a decisão de vacinar compete aos pais das crianças

Queiroga: Ele destacou que gestores da saúde enfrentam um novo desafio com a variante Ômicron, visto que a cepa tem "transmissão muito maior" que as demais variantes (Jefferson Rudy/Agência Senado)

Queiroga: Ele destacou que gestores da saúde enfrentam um novo desafio com a variante Ômicron, visto que a cepa tem "transmissão muito maior" que as demais variantes (Jefferson Rudy/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de janeiro de 2022 às 17h48.

Última atualização em 13 de janeiro de 2022 às 17h50.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira, 13, que pessoas não vacinadas contra a covid-19 são responsáveis pelas internações em hospitais e unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Na cerimônia de recebimento da primeira remessa de doses pediátricas da Pfizer, ele atestou a segurança do imunizante, mas destacou que a decisão de vacinar compete aos pais das crianças.

O Brasil recebeu nesta quinta, uma primeira remessa de 1,2 milhão de doses de vacinas da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. Ao todo, o País deve receber 4,3 milhões de doses em janeiro e 20 milhões até o final de março.

"As vacinas da covid foram desenvolvidas em tempo recorde. Isso é fruto do esforço da ciência dos pesquisadores e da indústria farmacêutica", falou o ministro no Centro de Distribuição do Ministério da Saúde em Guarulhos. "Assistimos nos últimos seis meses a uma queda significativa de óbitos, fruto da campanha de vacinação."

Ele destacou que gestores da saúde enfrentam um novo desafio com a variante Ômicron, visto que a cepa tem "transmissão muito maior" que as demais variantes. "Muitos têm relatado que ela causa formas menos impactantes (da doença), sobretudo nos vacinados. Mas aqueles que se internam nos hospitais e nas unidades de terapia intensiva, a grande maioria são indivíduos não vacinados", pontuou ao incentivar que brasileiros busquem a segunda dose e a de reforço.

"Países que estão mais fortemente vacinados, como Brasil, têm mais possibilidade de passar pela variante Ômicron e outras variantes que por acaso surjam", continuou. Nesse sentido, Queiroga frisou que a nova cepa é de preocupação, mas não de "desespero".

Queiroga reforçou, ao menos duas vezes, que a decisão de vacinar os mais novos é dos pais e mães. "Até o que sabemos no momento, há segurança atestada não só pela Anvisa, mas por outras agências regulatórias para aplicação dessas vacinas", apontou.

Ele ainda reconheceu que, nos Estados Unidos, onde mais de 8 milhões de crianças receberam doses pediátricas da Pfizer, não houve relato de efeito adverso grave. "Em todas as campanhas de vacinação em massa, há eventos adversos relacionados à vacina. E nós vamos ficar observando esses eventos adversos, juntamente a própria Anvisa e a própria indústria farmacêutica para fazer as possíveis correções de rumo", disse.

Ocupação de UTI aumenta

As taxas de ocupação de UTIs para a covid-19 alcançaram nível de alerta "crítico" em um Estado e quatro capitais do País. Os dados são de uma nota técnica divulgada na quarta, 12, pelo Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A explosão de casos provocada pela variante Ômicron e pelas festas de fim de ano já pressiona os serviços de saúde.

O ministro informou que tem trabalhado para reforçar a campanha nacional de testagem. Na quarta, 12, após a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) ter emitido nota técnica com recomendações aos laboratórios privados para que testem somente pacientes em estado grave, diante da possibilidade de desabastecimento dos estoques, o Ministério da Saúde chegou a se desvincular do eventual cenário de escassez na rede pública. Em nota nesta quinta-feira, a pasta recuou e disse haver uma responsabilidade compartilhada com estados e municípios.

Acompanhe tudo sobre:HospitaisHospitais públicosMarcelo QueirogaPandemiavacina contra coronavírus

Mais de Brasil

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário

Veja os melhores horários para viajar no Natal em SP, segundo estimativas da Artesp

Acesso à coleta de esgoto cresce e chega a 69,9% dos domicílios em 2023, diz IBGE