Não vacinado, Bolsonaro apresenta teste para posse de Mendonça
O envio do teste negativo do presidente foi uma alternativa para que ele pudesse participar da solenidade
Reuters
Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 14h13.
Última atualização em 15 de dezembro de 2021 às 14h22.
A equipe médica do presidente Jair Bolsonaro encaminhou nesta quarta-feira um teste negativo de coronavírus do presidente ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) para que Bolsonaro possa comparecer à posse do novo ministro do tribunal André Mendonça, uma vez que o chefe do Executivo não é vacinado contra a Covid-19.
"O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou presença na posse do Ministro André Mendonça, que será realizada nesta quinta-feira. A equipe médica da Presidência enviou nesta quarta teste negativo para Covid-19, previsto na resolução 748/2021 do STF sobre as regras para ingresso nos prédios do STF a fim de conter a disseminação da Covid-19", informou a assessoria de imprensa do Supremo.
O envio do teste negativo do presidente foi uma alternativa para que ele pudesse participar da solenidade, uma vez que Bolsonaro é contra a vacinação e até o momento não quis se vacinar contra Covid-19.
Mesmo com a drástica redução dos óbitos por Covid-19 decorrente do avanço da imunização no Brasil, Bolsonaro tem dito que a imunização no país não é obrigatória e se colocado contra a adoção de medidas como a apresentação de passaporte de vacinação para ingressar em estabelecimentos públicos e privados.
Na solenidade de quinta, o tribunal dará posse a André Mendonça como o 11° ministro da corte. Ex-ministro da Justiça e da Advocacia-Geral da União do governo, ele foi indicado por Bolsonaro para ocupar a cadeira vaga com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello.
O presidente escolheu-o para o STF porque gostaria de ter uma nome "terrivelmente evangélico" para o tribunal. Entretanto, Mendonça precisou aguardar mais de quatro meses para ter seu nome sabatinado e aprovado pelo Senado.
Essa é a segunda indicação de Bolsonaro ao Supremo. O primeiro foi Nunes Marques, que ocupou a cadeira vaga pela aposentadoria do ministro Celso de Mello.