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Não podemos ficar indiferentes à corrupção e à violência, diz Villas Bôas

Comandante citou as inúmeras missões dadas ao Exército e afirmou que "a caminhada não tem sido fácil"

Villas Bôas: comandante fez questão de se queixar do orçamento apertado e baixos salários (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Villas Bôas: comandante fez questão de se queixar do orçamento apertado e baixos salários (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2018 às 11h58.

Em forte mensagem durante as comemorações do Dia do Exército, o comandante da Força, general Eduardo Villas Bôas, disse que "não podemos ficar indiferentes aos mais de 60 mil homicídios por ano à banalização da corrupção, à impunidade, e à insegurança ligada ao crescimento do crime organizado e à ideologização dos problemas nacionais". Segundo o general "são essas as reais ameaças à nossa democracia".

Em seguida, o general Villa Bôas lembrou que "nas eleições que se aproximam caberá à população definir, de forma livre, legítima, transparente e incontestável a vontade nacional" e pediu que "definido o resultado da disputa unamo-nos como nação".

Em sua fala, feita em cerimônia ao lado do presidente Michel Temer e representantes dos três Poderes, o comandante fez questão de se queixar do orçamento apertado e baixos salários.

"Nossa Força caminha em meio a dificuldades e desafios, entre os quais estão um orçamento aquém dos imperativos de suas missões e a defasagem salarial de seus soldados em relação às demais carreiras de Estado, obstáculos que não desviam os militares do propósito de estar, exclusivamente, dedicados e prontos para defender a Pátria". E emendou: "e a nossa Pátria precisa ser defendida!"

O comandante citou as inúmeras missões dadas ao Exército e afirmou que "a caminhada não tem sido fácil e registra, como agora, diversos momentos de crise, que exigem da sociedade sacrifício, entendimento e coesão".

Destacou também que "o Exército de hoje renova diariamente seu compromisso de defender, desde sempre, a soberania e a liberdade". Lembrou ainda as ações em Roraima, de acolhimento aos venezuelanos e de intervenção Federal, no Rio de Janeiro, ou na garantia da lei e da ordem, onde se fizer necessário.

O general fez questão também de exaltar os elevados índices de credibilidade que a Força tem junto à população, salientando que "o Exército não tem servidão maior do que à Pátria".

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