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Não há consenso sobre a reunião do Copom

Projeções dos economistas entrevistados pelo site EXAME dividem-se entre interromper o aperto monetário e subir os juros em 0,25 ou 0,5 ponto percentual

Meirelles tem a missão de calibrar a taxa básica de juros (.)
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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2010 às 17h09.

São Paulo - A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na terça (31) e na quarta (1) deve gerar polêmica independentemente do resultado.

Os economistas estão divididos entre os que apostam no fim do aperto monetário, os que projetam uma alta de 0,25 ponto porcentual nos juros básicos e os que preveem uma dose de 0,5 ponto percentual na taxa Selic - a mesma adotada na última reunião. A mediana das projeções de cerca de cem instituições financeiras captadas pelo boletim Focus aponta para o fim do aperto monetário.

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O site EXAME ouviu três especialistas que possuem visões diferentes sobre o que deve acontecer nesse encontro do Copom. O economista da Gradual Investimentos André Perfeito prevê uma alta de meio ponto percentual por causa da demanda doméstica aquecida. "Os dados recentes de emprego e renda apontam nessa direção e os alimentos, que ajudaram nos últimos índices, tendem a conspirar contra uma inflação benigna."

O economista-sênior do BES Investimento, Flávio Serrano, acredita em uma alta de 0,25 ponto percentual como um forma de fazer um ajuste final na política monetária. "O nível atual ainda não converge para o centro da meta." Embora observe que o cenário internacional tenha piorado, o economista diz que o mercado interno tende a prevalecer sobre o externo. "O segundo semestre será forte, com crescimento do consumo, e ainda não dá para ver o preço das commodities se afundando", diz Serrano.

Com base nas sinalizações do Banco Central, o economista-chefe do Banif Investment Bank, Mauro Schneider, prevê o fim do aperto monetário nesta semana. Se dependesse dele, haveria ainda uma alta de meio ponto, mas o economista acredita que os diretores do Copom não pensarão assim.

Schneider, a exemplo da maioria dos analistas, foi pego de surpresa na reunião passada quando o Banco Central reduziu de 0,75 p.p. para 0,5 p.p. o ritmo de alta dos juros. No entanto, ele reconhece que "a inflação corrente está bem inferior ao que era esperado e isso gera um impacto benéfico na inflação futura". O economista diz que o peso da situação internacional - em especial, a desaleceração nos Estados Unidos - na economia brasileira ainda não é muito grande.

Confira as projeções econômicas das três instituições:

ProjeçõesPIB/2010PIB/2011IPCA/2010IPCA/2011
Banif Investment Bankentre 7,5% e 8%5,50%5%5,20%
Gradual Investimentos6,90%4,50%4,95%4,50%
BES Investimento7%4%4,90%4,50%
Fonte: Instituições | Elaboração: EXAME.com

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