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Não dá para entender resultado da CAS como derrota, diz ministro

Ronaldo Nogueira afirmou que o governo continua acreditando que Senado compreenderá a importância de aprovar a "modernização das leis trabalhistas"

Ronaldo Nogueira: "O trabalhador verá que não sofreu nenhuma subtração de direitos" (Lúcio Bernardo JR/Agência Câmara)

Ronaldo Nogueira: "O trabalhador verá que não sofreu nenhuma subtração de direitos" (Lúcio Bernardo JR/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de junho de 2017 às 18h36.

Brasília - O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse nesta terça-feira, 20, que a rejeição do parecer da reforma trabalhista pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado não pode ser entendida como uma derrota do governo.

O ministro demonstrou convicção de que a proposta será aprovada.

"O governo continua acreditando que Senado terá compreensão da (importância da) aprovação da modernização das leis trabalhistas", comentou.

Nogueira ressaltou que o Senado tem autonomia e que cada comissão tem o seu perfil.

O ministro lembrou ainda que, apesar da rejeição na CAS, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) já havia aprovado a matéria, que segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois para o plenário.

"A reforma trabalhista será aprovada e o trabalhador verá que não sofreu nenhuma subtração de direitos. Teremos segurança jurídica e geração de empregos", disse.

O ministro rebateu argumentos de que o resultado na CAS seria um sinal de defecções na base aliada do governo. "A base não está desarticulada. Foi uma votação em uma comissão", disse.

Nogueira também descartou a possibilidade de as eleições do ano que vem já estarem afetando a avaliação dos parlamentares sobre como votarão em relação à proposta.

"Não podemos ser escravos da próxima eleição. Temos de pensar na futura geração", afirmou.

Nogueira desconversou sobre negociações de medidas para "ajustar" a reforma que será votada no Senado.

Uma demanda dos sindicalistas é a recriação do imposto sindical por Medida Provisória.

"Precisamos aguardar que Senado conclua sua agenda. Depois disso, a gente vai (discutir)", afirmou.

"O processo de mudança das relações de trabalho não encerra com votação da proposta. Depois vem fase da regulamentação", destacou o ministro.

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