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Nanica é uma ova, afirma Luciana Genro

A candidata do PSOL à Presidência conseguiu a votação mais expressiva do partido desde 2006


	Luciana Genro: "não há nenhuma hipótese de o PSOL apoiar o Aécio", disse
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Luciana Genro: "não há nenhuma hipótese de o PSOL apoiar o Aécio", disse (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 09h38.

São Paulo - Com mais de 1,6 milhão de votos (1,55%), a candidata do PSOL à Presidência, a gaúcha Luciana Genro, conseguiu a votação mais expressiva do partido desde 2006. Considerada uma candidata nanica, por ser de um partido pequeno, ela aproveitou o resultado e o crescimento do PSOL nas urnas sua frase de maior sucesso na campanha: "Nanica é uma ova!".

Essa foi a resposta que deu adversário Aécio Neves, quando ele se valeu do adjetivo para qualificar seu partido, no debate da TV Globo da ultima quinta-feira passada.

O PSOL fará reunião nesta quarta-feira, 8, para decidir se apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) ou se mantém a neutralidade no 2.º turno. Apoio a Aécio está fora de questão.

"Vamos discutir internamente o que é melhor para o partido. Não há nenhuma hipótese de o PSOL apoiar o Aécio, mas também é óbvio que a Dilma não representa as bandeiras que defendemos", disse ela.

Nas eleições de 2006 e 2010, o PSOL decidiu por não optar entre PT e PSDB. "É muito possível que mantenhamos essa posição. Há diferentes matizes dentro do partido, mas acho que vamos conseguir consenso nesta linha", diz.

Para Luciana não houve surpresas no resultado do 1.º turno e, independentemente de quem ganhar a eleição, o Brasil vai ver sua situação econômica piorar. "Qualquer avanço nesses governos só será possível a partir de muita pressão popular, principalmente no combate à homofobia e na tributação de grandes riquezas", ponderou.

Bancada

Em 2010, o candidato do partido à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio, teve apenas 886 mil votos (0,87%). Nas eleições deste ano, o PSOL aumentou sua bancada de três para cinco deputados federais e elegeu 13 estaduais - mais que o dobro do quadro atual.

Feliz com o resultado, Luciana acredita que o PSOL superou dificuldades e vê nas manifestações de junho de 2013 o principal fator para que os eleitores entendessem o discurso do partido. "As pessoas nos viram com uma outra possibilidade política e de modelo de País."

Personagem de um dos embates que mais geraram polêmica - quando Levy Fidelix (PRTB)fez declarações homofóbicas no debate da TV Record - ela se posiciona como principal candidata em defesa aos direitos LGBTs. "Sou muito grata à comunidade LGBT pelo apoio que me deu. Desde o primeiro debate, o carinho foi recíproco e se refletiu nas urnas".

Pai

Filha do atual governador gaúcho e candidato à reeleição Tarso Genro (PT), Luciana não abre o jogo sobre quem vai apoiar no 2.º turno no Rio Grande do Sul - Tarso vai disputar o cargo contra o candidato do PMDB, José Ivo Sartori.

"Não vou tomar uma posição pessoal. O coração da Luciana não está exposto publicamente sobre esse assunto." É possível que Luciana dispute a prefeitura de Porto Alegre em 2016, mas ela desconversa. "Não faço da política uma carreira, mas eu gosto muito de disputar eleição. Se o partido decidir, concorro com prazer." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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