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Na TV, Dilma compara Marina a Collor e Jânio Quadros

Vídeo de campanha da candidata recorreu a momentos traumáticos da história política brasileira para questionar governabilidade de uma eventual gestão de Marina

Marina e Dilma: programa usou trechos do debate feito por SBT, Jovem Pan, UOL e Folha de S. Paulo (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 15h56.

Brasília - Se no sábado foi o presidenciável Aécio Neves (PSDB) quem tomou a iniciativa de se contrapor à adversária Marina Silva (PSB) e colocar-se como uma mudança segura, nesta terça-feira foi a vez da presidente Dilma Rousseff descarregar artilharia pesada contra a ambientalista em seu programa eleitoral obrigatório.

O vídeo exibido nesta terça pela campanha da candidata recorreu a momentos traumáticos da história política brasileira para questionar a governabilidade de uma eventual gestão de Marina.

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"A base de apoio de Marina Silva tem hoje 33 deputados. Sabe de quantos ela precisaria para aprovar um simples projeto de lei? No mínimo 129. E uma emenda constitucional? 308", diz o locutor do programa de TV exibido em rede nacional.

"Como é que você acha que ela vai conseguir esse apoio sem fazer acordos? E será que ela quer? Será que ela tem jeito para negociar?", continua.

"Duas vezes na nossa história, o Brasil elegeu salvadores da pátria, chefes do partido do eu sozinho. E a gente sabe como isso acabou", argumenta o locutor durante o programa, que faz referência a Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello, dois presidentes brasileiros que não chegaram a concluir seus mandatos.

A locução termina com a afirmação de que "sonhar é bom, mas eleição é hora de botar o pé no chão e voltar à realidade", uma referência indireta à candidata do PSB, cujos seguidores também são conhecidos como "sonháticos".

O programa de Dilma utilizou ainda trechos do debate da segunda-feira realizado por SBT, Jovem Pan, UOL e Folha de S. Paulo em que Dilma questiona as promessas de Marina.

No sábado, o candidato ao Planalto pelo PSDB já havia tecido críticas a Marina, contrapondo-se à candidata e colocando-se como a pessoa capaz de fazer uma mudança segura.

Aécio repetiu nesta terça-feira o programa exibido no fim de semana. Marina, por sua vez, trouxe um programa novo nesta terça em que reforçou seu discurso a favor de "uma nova maneira de se fazer política", acrescentando que essa nova forma reunirá apoios "em torno de um bem maior para o Brasil".

Com tempo de televisão reduzido, a ex-senadora apresentou sua proposta de implantar escolas de tempo integral em todo o país e também detalhou que sua promessa de destinar mais recursos para a saúde está contida em projeto de lei a ser aprovado pelo Legislativo.

"Tudo isso será possível se aprovarmos o projeto de lei do movimento Saúde Mais Dez, que destina 10 por cento da arrecadação bruta para a saúde", disse a presidenciável.

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