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Na expectativa de 2ª denúncia, Temer antecipa volta ao Brasil

O presidente chegará no país na terça (5); em conversas reservadas, Temer tem dito que precisa articular forte reação política à provável denúncia

Michel Temer: o presidente está em visita oficial à China (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 21h24.

Brasília - Na expectativa de enfrentar uma segunda denúncia nos próximos dias, o presidente Michel Temer decidiu antecipar em um dia a volta ao Brasil.

O retorno de Temer estava previsto para quarta-feira, 6, mas ele agora chegará na terça, 5.

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A justificativa oficial é a de que Temer quer estar no País para acompanhar a votação da proposta de mudança das metas fiscais deste ano e de 2018.

Em conversas reservadas, no entanto, o presidente tem dito que, além de se defender no campo jurídico, precisa articular forte reação política à provável denúncia.

Temer está em visita oficial à China e, na semana que vem, participará de encontro dos Brics - grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, em Xiamen.

Vários deputados que compõem sua tropa de choque na Câmara o acompanham na viagem. Embora interlocutores do presidente digam que a última "flecha" do procurador-geral da República, Rodrigo Janot - a 15 dias de deixar o cargo - não terá potencial para fazer grandes estragos, o receio do Palácio do Planalto é de que a cobrança da fatura, por parte dos aliados, seja mais alta.

Se isso ocorrer, a crise pode se aprofundar, contaminando indicadores econômicos, embora o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, diga que a economia anda com "as próprias pernas" e está "descolada" da política.

Diante desse quadro, líderes de partidos da base já começam a planejar trocas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na tentativa de barrar nova denúncia de Janot.

Em julho, às vesperas da análise da primeira acusação contra Temer, por corrupção passiva, aliados fizeram 13 substituições na CCJ.

A denúncia foi rejeitada pelo plenário da Câmara em 2 de agosto. Agora, porém, muitos dos que foram trocados dizem que não receberam recompensas do governo e ameaçam votar contra o presidente.

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