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Palocci justifica baixo crescimento e ressalta conquistas da política fiscal

Em entrevista coletiva, o ministro da Fazenda chamou a atenção para o controle da inflação e fez previsão de "crescimento vigoroso" em 2006

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 20h56.

Nem os indicadores negativos da indústria e do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados nas últimas semanas, arrefeceram o tom otimista do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (23/12), Palocci fez questão de ressaltar os benefícios à macroeconomia resultantes da política contracionista de juros altos e superávit primário acima da meta estabelecida e mandou uma mensagem de segurança quanto a 2006. Para ele, o esforço feito em 2005 vai ter efeito no ano que vem com o que chamou de "crescimento vigoroso".

Palocci comparou o cenário deste fim de ano ao do período da transição entre os anos de 2003 e 2004. Em 2003, o governo foi obrigado a adotar uma política econômica mais restritiva diante da ameaça da inflação. No ano seguinte, o que se verificou foi o crescimento econômico de 4,9%. Ele lembrou ainda que "foram gerados 1,5 milhão de empregos em 2004 e que é exatamente isso que deve ocorrer em 2006".

Candidatura com arrocho fiscal

Segundo o ministro, a política de ajuste fiscal será mantida "mesmo numa eventual candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição". "O Brasil precisa de um esforço fiscal de longo prazo. Essa é a minha opinião; agora, como o presidente Lula apresentará essa questão numa eventualidade da candidatura, que eu torço para que aconteça, é uma formulação que ele vai ter que construir. Na minha opinião, o país precisa de um esforço fiscal equilibrado e de longo prazo."

Palocci afirmou que pretende manter-se no cargo até o fim deste governo e que numa eventual reeleição de Lula, não sabe se permanecerá. "O importante é que a política econômica se mantenha e não as pessoas".

Inflação baixa: grande conquista

O ministro ressaltou ainda as vantagens de controlar. Disse que a inflação mais baixa beneficia o bolso do trabalhador. Segundo ele, ao olhar o preço de cesta básica, o poder aquisitivo do salário mínimo e o salário do trabalhador, pode-se constatar que existe uma melhora e que essa melhoria é ainda maior com a inflação controlada.

Com informações da Agência Brasil.

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