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Mudança do FGTS tem de ser refletida no Senado, diz Levy

Segundo o ministro, como adiantou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a proposta tem de ser refletida no Senado, para ver se é a melhor solução


	Joaquim Levy, ministro da Fazenda: de acordo com o ministro, o importante é não causar qualquer fragilidade ao fundo
 (Bloomberg)

Joaquim Levy, ministro da Fazenda: de acordo com o ministro, o importante é não causar qualquer fragilidade ao fundo (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2015 às 15h49.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (19) que a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da correção da remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é a primeira etapa do processo. O ministro participou, no Rio de Janeiro, da 34ª edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX), no Centro de Convenções Sul América, no centro da cidade.

Segundo ele, como adiantou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a proposta tem de ser refletida no Senado, para ver se é a melhor solução e se ela preserva a estabilidade e a capacidade do fundo financiar moradias populares. "Agora, temos um momento de reflexão. Por isso, temos um sistema bicameral."

De acordo com o ministro, o importante é não causar qualquer fragilidade ao fundo. "Obviamente que, como temos observado, tem de fazer o equilíbrio entre o desejo de se poder pagar mais e a capacidade do fundo em alcançar seus objetivos para os próprios trabalhadores", afirmou.

Levy informou que a concessão de empréstimos por meio de bancos públicos ao setor automotivo é, em sua maioria, para linhas de mercado. Acrescentou que a mais especial é para o transporte público, que, para o  ministro, é mais eficiente e sustentável para o meio ambiente, na medida em que diminui os engarrafamentos. O restante é para linhas mais comerciais.

"Apoiamos os fornecedores usando o próprio valor de qualidade de crédito das montadoras. Acho que é um arranjo que não tem maiores riscos e é de interesse comercial para todo mundo", destacou.

O ministro negou que a medida comprometa o ajuste fiscal do governo. "Não compromete. É uma operação de mercado que, na verdade, pressupõe o compromisso de contratos das montadoras. É uma coisa absolutamente normal."

Durante a palestra, o ministro comentou que o câmbio se ajustou e o governo realizou o que precisava para esse ajuste. "O ajuste do câmbio em uma economia de livre iniciativa tem um enorme poder de sinalização. Os preços são os principais sinalizadores de uma economia livre. Obviamente, esperamos que essa sinalização terá impacto nos diversos setores da economia", concluiu.

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