Brasília -O Ministério Público Federal manifestou-se favorável ao acesso da construtora OAS ao conteúdo da delação premiada feita pelos executivos da Toyo Setal, que afirmaram ter pago R$ 154 milhões em propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras , Renato Duque, também preso na Operação Lava Jato .
A manifestação foi encaminhada ontem (1º). Agora, cabe ao juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal no Paraná e responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, decidir se aceita ou não liberar o conteúdo dos depoimentos.
À Justiça, os executivos da Toyo Setal, Júlio Camargo e Augusto Mendonça Neto, disseram que o dinheiro da propina serviu para formação de cartel envolvendo as principais empreiteiras do país na realização de obras em seis projetos da Petrobras.
Parte do dinheiro seria repassado a partidos políticos.
O pedido de acesso à delação premiada foi feito em novembro, logo após a prisão de 25 pessoas, entre elas cinco executivos da OAS.
Seguindo instrução dos advogados, elas permaneceram em silêncio durante depoimentos à Polícia Federal, em Curitiba.
Dois deles, Agenor Franklin Medeiros, diretor-presidente da área internacional da construtora, e José Ricardo Breghirolli, funcionário da empresa em São Paulo, ainda estão em prisão preventiva.
A defesa argumenta que o acesso ao conteúdo da delação também beneficiará outros três executivos da empreiteira.
2. Odebrecht 2 /10(Paulo Fridman/Bloomberg)
A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras.“A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa.A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”.
3. UTC Engenharia 3 /10(Divulgação)
A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”.
4. OAS 4 /10(Divulgação/PAC)
A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”. A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”.
5. Engevix 5 /10(Divulgação/ Engevix)
Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”.
6. Galvão Engenharia 6 /10(Divulgação/ Galvão Engenharia)
Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".
7. Queiroz Galvão 7 /10(Divulgação)
A empresa se manifestou através de nota:"A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
8. Camargo Corrêa 8 /10(Divulgação)
Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota:“A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.”
9. Mendes Junior 9 /10(Divulgação)
"O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR). A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas."
10. Iesa 10 /10(Divulgação IESA)
EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.