Henrique Pizzolato: "A decisão da Justiça brasileira alcança o condenado onde ele estiver. Trata-se de um recado muito claro, paradigmático”, disse Janot (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2015 às 13h39.
O Ministério Público Federal (MPF) vai cobrar do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato o valor de R$ 170 mil pelas despesas envolvendo o processo de extradição da Itália para o Brasil.
A informação foi divulgada hoje (23) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Pizzolato chegou ao país na manhã de hoje. Acompanhado por policiais federais, ele foi levado para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde ficará preso.
Segundo Janot, as despesas se referem a viagens, à tradução de documentos e a vídeos gravados na penitenciária da Papuda e em dois presídios de Santa Catarina, com o objetivo de demonstrar às autoridades italianas que o ex-diretor teria tratamento digno nas prisões brasileiras.
Ainda de acordo com o PGR, o órgão vai pedir ainda a repatriação dos 113 mil euros (cerca de R$ 496 mil, na cotação atual) apreendidos com Pizzolato em 2014 na Itália.
Sobre a chegada do ex-diretor do Banco do Brasil ao país, Janot avaliou a data como um dia importante para a Justiça brasileira.
Para ele, a extradição só foi possível graças à conjugação de esforços de diversos órgãos do Estado brasileiro, como a Advocacia-Geral da União, o Ministério da Justiça e o Ministério das Relações Exteriores.
“Não adianta fugir das decisões da Justiça brasileira. A decisão da Justiça brasileira alcança o condenado onde ele estiver”, disse. “Trata-se de um recado muito claro, paradigmático. É um divisor de águas”, concluiu.