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MPE questiona estudos para reduzir velocidade nas Marginais

O Ministério Público Estadual investiga se os estudos usados pela prefeitura para diminuir a velocidade têm qualidade suficiente para implementar a medida

Marginal Pinheiros, em SP: segundo o promotor de Habitação e Urbanismo, a Secretaria Municipal de Transportes usou apenas dois tipos de dados (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2015 às 22h20.

São Paulo - O Ministério Público Estadual (MPE) investiga se os estudos usados pela Prefeitura de São Paulo para diminuir a velocidade nas Marginais têm qualidade suficiente para implementar a medida, sob justificativa de reduzir o número de acidentes , feridos e mortos nas vias.

Segundo o promotor de Habitação e Urbanismo Marcus Vinícius Monteiro dos Santos, a Secretaria Municipal de Transportes usou apenas dois tipos de dados: os dos Boletins de Ocorrência e os do Instituto Médico-Legal (IML).

Nesta quarta-feira, 22, a Promotoria recebeu dois CDs e uma pilha de documentos das mãos de Valtair Valadão, diretor de Operações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), e de Tadeu Leite, diretor de Planejamento do órgão.

O MPE não fez nenhum tipo de recomendação aos dois engenheiros.

"O que me chamou a atenção é que houve, aparentemente, um trato das informações do ponto de vista quantitativo. Porém, me pareceu que eles não analisaram as informações de forma qualitativa", diz Santos.

Ele afirma que, da forma como os levantamentos foram feitos, "é possível que haja algum tipo de vulnerabilidade" nos estudos da CET. "São informações levantadas em um primeiro momento, do Boletim de Ocorrência, e podem sofrer outras influências ao longo do inquérito policial", explicou.

Causas

Para o promotor, os motivos dos acidentes podem ser outros.

Os inquéritos poderiam revelar que mortes e ferimentos foram causados por falta de cinto de segurança, embriaguez ao volante e não utilização do capacete nas ocorrências com motocicletas.

Ao fim do inquérito, o MPE poderá sugerir mudanças nas reduções.

O diretor de Planejamento da CET disse que o órgão avalia os impactos e defende a política para diminuir a violência no trânsito.

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Segundo o promotor de Habitação e Urbanismo Marcus Vinícius Monteiro dos Santos, a Secretaria Municipal de Transportes usou apenas dois tipos de dados: os dos Boletins de Ocorrência e os do Instituto Médico-Legal (IML).

Nesta quarta-feira, 22, a Promotoria recebeu dois CDs e uma pilha de documentos das mãos de Valtair Valadão, diretor de Operações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), e de Tadeu Leite, diretor de Planejamento do órgão.

O MPE não fez nenhum tipo de recomendação aos dois engenheiros.

"O que me chamou a atenção é que houve, aparentemente, um trato das informações do ponto de vista quantitativo. Porém, me pareceu que eles não analisaram as informações de forma qualitativa", diz Santos.

Ele afirma que, da forma como os levantamentos foram feitos, "é possível que haja algum tipo de vulnerabilidade" nos estudos da CET. "São informações levantadas em um primeiro momento, do Boletim de Ocorrência, e podem sofrer outras influências ao longo do inquérito policial", explicou.

Causas

Para o promotor, os motivos dos acidentes podem ser outros.

Os inquéritos poderiam revelar que mortes e ferimentos foram causados por falta de cinto de segurança, embriaguez ao volante e não utilização do capacete nas ocorrências com motocicletas.

Ao fim do inquérito, o MPE poderá sugerir mudanças nas reduções.

O diretor de Planejamento da CET disse que o órgão avalia os impactos e defende a política para diminuir a violência no trânsito.

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