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MPE investiga descumprimento de normas em barragem de MG

O inquérito civil público para apurar os motivos do rompimento da barragem foi instaurado na quinta-feira

Barragem rompida em MG: observatório da UnB detectou abalos com magnitude entre 2,5 e 2,7 graus próximos a Bento Rodrigues (Ricardo Moraes/ Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2015 às 18h45.

Belo Horizonte - O Ministério Público Estadual vai concentrar as investigações sobre a ruptura da barragem da mineradora Samarco em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, no possível descumprimento de normas técnicas na manutenção da estrutura pela empresa.

A informação é do promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador de Meio Ambiente do MPE.

O inquérito civil público para apurar os motivos do rompimento da barragem foi instaurado na quinta-feira, 5, data do desastre, e tem 30 dias para ser concluído.

"A barragem estava em processo de alteamento (levantamento para aumentar capacidade). Isso pode ter influenciado na ruptura", pontuou o promotor, se referindo à linha de investigação que será adotada pelo MPE.

Apesar do caminho preestabelecido para as averiguações, o promotor afirmou ter solicitado ao Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB) informações sobre a ocorrência de onze abalos na região de Mariana antes da ruptura da estrutura.

Cerca de duas horas antes da tragédia, o observatório da UnB detectou abalos com magnitude entre 2,5 e 2,7 graus próximos a Bento Rodrigues.

"Mesmo que isso tenha influenciado, é algo que pode acontecer e a empresa teria de levar isso em consideração na construção da barragem", argumentou o promotor.

O MPE apura ainda se uma explosão ocorrida em uma mina da Vale, que detém metade das ações da Samarco, em área próxima a Bento Rodrigues, possa ter influenciado no desastre .

O promotor questiona também os motivos que levam a empresa a construir a barragem em área tão próximo a um centro urbano.

Nesse sentido, Carlos Eduardo afirmou já ter arrolado testemunhas no distrito que vão prestar depoimento sobre decisões tomadas pela Samarco imediatamente após a ruptura da barragem.

"Tudo foi cumprido? É preciso dar um alerta à população em caso de acidente. Já temos pessoas afirmando que esse alerta não foi dado", afirmou o promotor.

Balanço

Até as 18 horas desta sexta-feira, 6, o Corpo de Bombeiros havia confirmado uma morte decorrente da ruptura da barragem.

Um corpo foi encontrado no Rio Doce, a 100 km do local do acidente, mas a corporação não confirma se a vítima tem relação com o acidente na barragem.

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Belo Horizonte - O Ministério Público Estadual vai concentrar as investigações sobre a ruptura da barragem da mineradora Samarco em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, no possível descumprimento de normas técnicas na manutenção da estrutura pela empresa.

A informação é do promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador de Meio Ambiente do MPE.

O inquérito civil público para apurar os motivos do rompimento da barragem foi instaurado na quinta-feira, 5, data do desastre, e tem 30 dias para ser concluído.

"A barragem estava em processo de alteamento (levantamento para aumentar capacidade). Isso pode ter influenciado na ruptura", pontuou o promotor, se referindo à linha de investigação que será adotada pelo MPE.

Apesar do caminho preestabelecido para as averiguações, o promotor afirmou ter solicitado ao Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB) informações sobre a ocorrência de onze abalos na região de Mariana antes da ruptura da estrutura.

Cerca de duas horas antes da tragédia, o observatório da UnB detectou abalos com magnitude entre 2,5 e 2,7 graus próximos a Bento Rodrigues.

"Mesmo que isso tenha influenciado, é algo que pode acontecer e a empresa teria de levar isso em consideração na construção da barragem", argumentou o promotor.

O MPE apura ainda se uma explosão ocorrida em uma mina da Vale, que detém metade das ações da Samarco, em área próxima a Bento Rodrigues, possa ter influenciado no desastre .

O promotor questiona também os motivos que levam a empresa a construir a barragem em área tão próximo a um centro urbano.

Nesse sentido, Carlos Eduardo afirmou já ter arrolado testemunhas no distrito que vão prestar depoimento sobre decisões tomadas pela Samarco imediatamente após a ruptura da barragem.

"Tudo foi cumprido? É preciso dar um alerta à população em caso de acidente. Já temos pessoas afirmando que esse alerta não foi dado", afirmou o promotor.

Balanço

Até as 18 horas desta sexta-feira, 6, o Corpo de Bombeiros havia confirmado uma morte decorrente da ruptura da barragem.

Um corpo foi encontrado no Rio Doce, a 100 km do local do acidente, mas a corporação não confirma se a vítima tem relação com o acidente na barragem.

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