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MP vai apurar se filha de Dirceu furou fila na Papuda

Joana Saragoça teria evitado a longa fila à qual os parentes de presos têm de se submeter, chegando à Papuda num carro do governo do DF

Complexo penitenciário da Papuda, no Distrito Federal: ministro Marco Aurélio Mello afirmou hoje que uma prisão é "uma panela de pressão" (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 20h40.

Brasília - O Ministério Público no Distrito Federal vai abrir uma investigação para apurar suspeitas de que uma das filhas do ex-ministro José Dirceu teria feito uma visita diferenciada a ele no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.

Joana Saragoça teria evitado a longa fila à qual os parentes de presos têm de se submeter, chegando à Papuda num carro do governo do Distrito Federal, que é comandado pelo petista Agnelo Queiroz, como revelado pela Folha de S.Paulo.

O Ministério Público informou que as "medidas cabíveis" serão tomadas. Em nota divulgada nesta sexta-feira, o governo do Distrito Federal disse que na época notícias veiculadas pela mídia tratavam de uma suposta possibilidade de José Dirceu fazer greve de fome.

"A inteligência da Sesipe verificou que essas 'notícias' estavam tendo repercussão no presídio, o que poderia causar uma insegurança no sistema prisional", afirmou o governo.

Por esse motivo, a inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesipe) teria procurado a filha de Dirceu e a convidado para colaborar com a investigação.

"A srta. Joana Saragoça manifestou preocupação em ir até o presídio por estar se sentindo insegura. Por isso, a inteligência da Sesipe a levou, em dia e horário de visitas, em carro descaracterizado, para que ela se encontrasse com José Dirceu", justificou o governo.

Depois da visita, o governo disse que Joana relatou à inteligência da Sesipe que as notícias eram inverídicas.

Perguntado sobre a visita diferenciada feita pela filha de Dirceu, o ministro do STF Marco Aurélio Mello afirmou hoje que uma prisão é "uma panela de pressão".

"Penitenciária, até pela superpopulação, pelas condições desumanas, é uma panela de pressão. Gera indignação e gera revolta tratamento diferenciado. Os denominados reeducandos devem ter o mesmo tratamento", afirmou o ministro ressaltando que não estava comentando o caso concreto.

"O tratamento em penitenciária deve ser igualitário sob pena de termos uma reação dos demais custodiados. Não cabe o tratamento presente a figura do condenado. Mas o tratamento segundo as regras estabelecidas de forma abstrata em relação a todos os presos", completou.

Essa não é a primeira vez que José Dirceu envolve-se numa polêmica desde chegou ao complexo penitenciário da Papuda. No início do ano, surgiram suspeitas de que ele teria falado ao celular.

No Brasil, os presos são proibidos de usar telefone na cadeia. O caso está sob análise do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

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"A inteligência da Sesipe verificou que essas 'notícias' estavam tendo repercussão no presídio, o que poderia causar uma insegurança no sistema prisional", afirmou o governo.

Por esse motivo, a inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesipe) teria procurado a filha de Dirceu e a convidado para colaborar com a investigação.

"A srta. Joana Saragoça manifestou preocupação em ir até o presídio por estar se sentindo insegura. Por isso, a inteligência da Sesipe a levou, em dia e horário de visitas, em carro descaracterizado, para que ela se encontrasse com José Dirceu", justificou o governo.

Depois da visita, o governo disse que Joana relatou à inteligência da Sesipe que as notícias eram inverídicas.

Perguntado sobre a visita diferenciada feita pela filha de Dirceu, o ministro do STF Marco Aurélio Mello afirmou hoje que uma prisão é "uma panela de pressão".

"Penitenciária, até pela superpopulação, pelas condições desumanas, é uma panela de pressão. Gera indignação e gera revolta tratamento diferenciado. Os denominados reeducandos devem ter o mesmo tratamento", afirmou o ministro ressaltando que não estava comentando o caso concreto.

"O tratamento em penitenciária deve ser igualitário sob pena de termos uma reação dos demais custodiados. Não cabe o tratamento presente a figura do condenado. Mas o tratamento segundo as regras estabelecidas de forma abstrata em relação a todos os presos", completou.

Essa não é a primeira vez que José Dirceu envolve-se numa polêmica desde chegou ao complexo penitenciário da Papuda. No início do ano, surgiram suspeitas de que ele teria falado ao celular.

No Brasil, os presos são proibidos de usar telefone na cadeia. O caso está sob análise do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

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