MP-RJ quer regularizar abrigo de moradores de rua
De acordo com o promotor do caso, Rogério Pacheco, abrigo se tornou “um depósito de seres humanos”
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 16h35.
Rio de Janeiro - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) vai entrar com a terceira ação civil pública para cobrar da prefeitura do Rio de Janeiro melhorias no abrigo de Paciência, na zona oeste. A unidade recebe moradores de rua e está superlotada.
Em recente inspeção no local, os promotores também constataram descumprimento de acordo para adequar os serviços.
De acordo com o promotor do caso, Rogério Pacheco, o abrigo se tornou “um depósito de seres humanos”.
Ele cobra atuação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e de órgãos internacionais que atuam na área para pressionar o Judiciário.
“De todas as irregularidades, a falta de uma política de trabalho e geração de renda é uma das mais chocantes. Constatamos que as pessoas não são encaminhadas para serviços de requalificação profissional, por exemplo, e que não há diálogo entre as secretarias municipais”, disse Pacheco.
Ele critica também a superlotação no local, com 440 pessoas, quando o limite é 150.
Durante visita na semana passada, a equipe do MP-RJ também encontrou um ambiente insalubre , falta de servidores para atender aos abrigados e ausência de registro da entrada e de saída de abrigados.
Segundo Pacheco, muitos moradores de rua estão sem documentos, muitas vezes, devido a ações municipais. “O choque de ordem da prefeitura gerou essa situação”, disse.
Os promotores, que entram com a terceira ação, querem que a corte fluminense se sensibilize para o caso. Na avaliação deles, os juizes são influenciados por esterótipos do senso comum.
“De modo geral, o que sai na imprensa é um associação automática entre moradores de rua e a violência e isso influencia toda a sociedade”, declarou o promotor.
“A sociedade é influenciada pela imprensa e a dificuldade de olhar para a população de rua como vulnerável acaba se refletindo na falta de sensibilidade”, acrescentou a promotora Patrícia Villela.
O MP-RJ o acompanha a situação em Paciência desde 2009, quando recebeu um inquérito com denúncias sobre o local. Em 2011, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a prefeitura, que se comprometeu também a fazer mais 44 abrigos na cidade para atender à demanda.
Em 2013, o MP-RJ ajuizou duas ações pelo descumprimento do acordo, pedindo a responsabilização do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e estipulando multas diárias.
Procurados pela reportagem da Agência Brasil, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, a Secretaria Municipal de Assistência Social e o Tribunal de Justiça do Rio não comentaram as declarações dos promotores sobre a situação no abrigo de Paciência.
Rio de Janeiro - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) vai entrar com a terceira ação civil pública para cobrar da prefeitura do Rio de Janeiro melhorias no abrigo de Paciência, na zona oeste. A unidade recebe moradores de rua e está superlotada.
Em recente inspeção no local, os promotores também constataram descumprimento de acordo para adequar os serviços.
De acordo com o promotor do caso, Rogério Pacheco, o abrigo se tornou “um depósito de seres humanos”.
Ele cobra atuação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e de órgãos internacionais que atuam na área para pressionar o Judiciário.
“De todas as irregularidades, a falta de uma política de trabalho e geração de renda é uma das mais chocantes. Constatamos que as pessoas não são encaminhadas para serviços de requalificação profissional, por exemplo, e que não há diálogo entre as secretarias municipais”, disse Pacheco.
Ele critica também a superlotação no local, com 440 pessoas, quando o limite é 150.
Durante visita na semana passada, a equipe do MP-RJ também encontrou um ambiente insalubre , falta de servidores para atender aos abrigados e ausência de registro da entrada e de saída de abrigados.
Segundo Pacheco, muitos moradores de rua estão sem documentos, muitas vezes, devido a ações municipais. “O choque de ordem da prefeitura gerou essa situação”, disse.
Os promotores, que entram com a terceira ação, querem que a corte fluminense se sensibilize para o caso. Na avaliação deles, os juizes são influenciados por esterótipos do senso comum.
“De modo geral, o que sai na imprensa é um associação automática entre moradores de rua e a violência e isso influencia toda a sociedade”, declarou o promotor.
“A sociedade é influenciada pela imprensa e a dificuldade de olhar para a população de rua como vulnerável acaba se refletindo na falta de sensibilidade”, acrescentou a promotora Patrícia Villela.
O MP-RJ o acompanha a situação em Paciência desde 2009, quando recebeu um inquérito com denúncias sobre o local. Em 2011, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a prefeitura, que se comprometeu também a fazer mais 44 abrigos na cidade para atender à demanda.
Em 2013, o MP-RJ ajuizou duas ações pelo descumprimento do acordo, pedindo a responsabilização do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e estipulando multas diárias.
Procurados pela reportagem da Agência Brasil, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, a Secretaria Municipal de Assistência Social e o Tribunal de Justiça do Rio não comentaram as declarações dos promotores sobre a situação no abrigo de Paciência.