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MP investiga Márcio França por uso de helicóptero para fins políticos

O uso do helicóptero da PM teria ocorrido entre abril e dezembro de 2018, período em que França foi governador

O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) (Globo/Marcos Rosa/Divulgação)

O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) (Globo/Marcos Rosa/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 08h39.

São Paulo - O Ministério Público de São Paulo instaurou nesta terça-feira, 15, um inquérito para investigar o ex-governador Márcio França (PSB) pelo suposto uso do helicóptero Águia, da Polícia Militar, para fins políticos e particulares.

O promotor Ricardo Manuel Castro, da Promotoria do Patrimônio Público e Social da capital, recebeu "relatos anônimos" informando que França "fez uso excessivo" da aeronave "para seu deslocamento e de seus familiares para atividades pessoais" e "em atos de campanha política".

A prática teria ocorrido entre abril e dezembro de 2018, período em que França foi governador. Ele assumiu o cargo após a renúncia do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e, em outubro, perdeu a eleição para o governador João Doria (PSDB).

Durante a campanha, Doria chegou a acusar França de fazer uso pessoal do helicóptero da PM em um debate na TV. O ex-governador negou. Segundo o promotor, a prática pode configurar atos de improbidade administrativa, como afronta aos princípios constitucionais e enriquecimento ilícito.

O promotor solicitou ao Comando da Polícia Militar que envie em até 20 dias a relação completa de voos feitos pelo helicóptero oficial entre abril e dezembro de 2018 e também nos seis meses anteriores, na gestão Alckmin, para comparar.

Em nota, a assessoria de França afirmou que "a aeronave é usada exclusivamente para uso oficial" e "controlada exclusivamente pela Secretaria da Casa Militar", que é quem decide se o governador se desloca de carro ou helicóptero. "Todo deslocamento de campanha foi feito com aeronave locada pela campanha, conforme notas fiscais juntadas nas prestações de contas", conclui.

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