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MP do Rio recomenda lockdown a governos estadual e municipal

Baseada em estudos da UFRJ e da Fiocruz, sugestão é que medida restritiva seja adotada por ao menos 15 dias para conter o avanço da covid-19 no estado

Rio: Registrando 2.050 mortes oficiais, estado também investiga mais de 900 mortes suspeitas (Tania Regô/Agência Brasil)

Rio: Registrando 2.050 mortes oficiais, estado também investiga mais de 900 mortes suspeitas (Tania Regô/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 14 de maio de 2020 às 09h31.

O Ministério Público do Rio de Janeiro recomendou ao Estado e à prefeitura da capital fluminense a adoção de medidas de isolamento mais restritas, como o lockdown, para conter o avanço da covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, informou o órgão nesta quinta-feira.

A sugestão é que o lockdown seja adotado por ao menos 15 dias. A recomendação encaminhada aos governos estadual e municipal se baseia, segundo o MP, em estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de outras instituições que defendem isolamento total.

"Essas medidas devem contemplar diretrizes como a proibição de atividade não essencial, como acesso de pessoas a espaços de lazer públicos como calçadões, praças, funcionamento de comércios não essenciais, além da proibição de circulação de veículos nas ruas, nas áreas mais críticas definidas pelo próprio governador e prefeito, afirma o documento do MP

"O MPRJ recomenda ainda a adoção de medidas da assistência social, que visem a assegurar condições de sobrevivência à população”, acrescentou o órgão.

No Rio de Janeiro, a doença avança rapidamente e num intervalo de 10 dias, o total de óbitos dobrou praticamente. No começo de maio eram cerca de mil mortes e nessa quarta-feira o Estado já registrava 2.050.

O Estado já confirmou também 18.728 casos de coronavírus e mais de 900 mortes ainda são investigados

Em meio ao avanço da pandemia, as redes de saúde pública e privada operam com taxa de ocupação de mais 90%, faltam equipamentos de proteção individual (EPIs) e profissionais médicos e os hospitais de campanha inaugurados ainda não operam na capacidade máxima.

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