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MP do Rio aciona Justiça contra Hospital Souza Aguiar

Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro constatou irregularidades nos serviços prestados pelo hospital e ajuizou ação civil pública


	Hospital: entre os principais problemas apontados pelas investigações estão deficiências no serviço de acolhimento e classificação de risco
 (sxc.hu)

Hospital: entre os principais problemas apontados pelas investigações estão deficiências no serviço de acolhimento e classificação de risco (sxc.hu)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 16h25.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) constatou irregularidades nos serviços prestados pelo Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da capital fluminense, e com base nas investigações ajuizou hoje (10) ação civil pública, com pedido de liminar, contra o município do Rio de Janeiro e o Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam).

De acordo com o MP-RJ, os envolvidos têm prazo de 30 dias para apresentar proposta de adequação da estrutura física de toda a unidade e o início do processo licitatório para aquisição de novo mobiliário, além de equipamentos e implementação de um sistema de controle de ponto e de frequência de médicos e enfermeiros.

Entre os principais problemas apontados pelas investigações estão deficiências no serviço de acolhimento e classificação de risco prestados pelos profissionais de saúde, além de casos de recusa de atendimento de pacientes, problemas na estrutura física do hospital e deficiência de material e de equipamentos na unidade.

O MP-RJ constatou também insuficiência de recursos humanos e ausência de mecanismos rígidos de controle de presença dos profissionais, de forma a coibir práticas indiscriminadas e ilegais de troca de plantões, acúmulo de cargo ou funções incompatíveis.

A ação civil do MP-RJ visa a sanar os problemas críticos constatados no Hospital Souza Aguiar e na integração dos serviços da Coordenação de Emergência Regional (Cer–Centro) - serviço que tem gerado casos de pacientes sem a assistência devida. Foi pedido ainda total transparência das informações sobre o quadro clínico dos pacientes, identificação visível ao público de todos os servidores do hospital e o fim da prática de seguranças na porta da unidade, regulando os casos que podem ou não ser atendidos.

O MP-RJ requereu também a substituição,  no prazo de 60 dias, de todos os profissionais terceirizados do setor de acolhimento e classificação de risco do hospital por servidores estatutários.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde e as direções do Hospital Souza Aguiar e da Cer-Centro informaram que tomaram providências desde o segundo semestre do ano passado para atender às solicitações do Ministério Público.

"Entre elas destacam-se: construção de rampa, facilitando o acesso entre o hospital e a Cer-Centro; instituição de novos protocolos de transferência assistida dos pacientes entre as unidades; reforço na capacitação dos profissionais para otimizar o acolhimento e classificação de risco dos pacientes, com orientações e protocolos de atendimento de acordo com o perfil de cada unidade. O controle do ponto dos funcionários é realizado pela gestão de pessoal".

A secretaria disse ainda que mantém esforços para melhorias constantes nos serviços prestados pelas unidades de saúde, e assegura que novos ajustes que se façam necessários nas rotinas e infraestrutura do hospital e da Cer-Centro continuarão sendo feitos.

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