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Movimentos ligados ao campo e aos quilombolas apoiam Dilma

“Nesse momento, entendemos que é necessário que o povo volte a dialogar e se unir para que sejamos capazes de retomar o crescimento do país", disse Kátia Penha


	Movimentos sociais: “nesse momento, entendemos que é necessário que o povo volte a dialogar e se unir para que sejamos capazes de retomar o crescimento do país", disse Kátia Penha
 (Elza Fiúza / Agência Brasil)

Movimentos sociais: “nesse momento, entendemos que é necessário que o povo volte a dialogar e se unir para que sejamos capazes de retomar o crescimento do país", disse Kátia Penha (Elza Fiúza / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2016 às 14h50.

Brasília - Integrantes de movimentos sociais ligados ao campo manifestaram hoje (1º), no Palácio do Planalto, apoio à presidenta Dilma Rousseff em discursos durante cerimônia de anúncio da desapropriação de terras para reforma agrária e regularização de territórios quilombolas.

O coordenador da Pastoral Negra, Bruno Coelho, defendeu os valores democráticos e o respeito à soberania popular expressa nas últimas eleições presidenciais.

Em nome dos movimenos negros, ele entregou um manifesto de apoio à presidenta, que sofre um processo de impeachment na Câmara dos Deputados.

“A posição de nossa luta histórica em defesa dos valores democráticos, sem nenhum passo atrás na consolidação das conquistas, direitos e cidadania, ameaçados no contexto atual por setores retrógrados da nação, nos delega o compromisso de defender a democracia e o respeito à soberania popular expressa nos milhões de votos do povo brasileiro nas últimas eleições presidenciais”, disse.

A integrante da Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas, Kátia Penha, afirmou que o segmento é contrário ao pedido impeachment e repudia o desrespeito demonstrado contra os princípios da democracia. Segundo ela, os quilombolas acreditam no projeto de governo da presidenta Dilma.

“Nesse momento de crise política e ideológica, entendemos que é necessário que o povo brasileiro volte a dialogar e se unir para que sejamos capazes de retomar o crescimento do país em todos os sentidos.”

Alexandre Conceição, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), disse que os integrantes do movimento são contrários ao “golpe” e que os trabalhadores vão enterrar essa tentativa articulada contra a presidenta Dilma.

“Estamos aqui hoje com o povo de terreiros, da agricultura familiar e os sem-terra. 'Eles' estão reclamando porque aqui a gente é contra o golpe. Não vamos permitir golpe”, acrescentou.

Contag

O secretário de Administração e Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Santos, pediu que os recursos para reforma agrária não sofram cortes.

Segundo ele, os 21 decretos para desapropriação de terras assinados hoje ainda representam pouco, mas são o sinal de avanço da reforma agrária no governo Dilma.

No fim do discurso ele disse que os integrantes da Contag participaram das manifestações de ontem (31) pela defesa da democracia. “Vai ter reforma agrária, vai ter luta e não vai ter golpe”, destacou Santos.

Na quarta-feira (30), integrantes de movimentos sociais também discursaram no Palácio do Planalto, durante a cerimônia de lançamento da terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida 3. em apoio à presidenta Dilma e contra o pedido de impeachment.

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