Mourão diz que vai a Londres para se aproximar de Johnson
Vice-presidente também afirmou que Brexit pode ser uma grande oportunidade para o Brasil no comércio exterior
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de agosto de 2019 às 15h05.
São Paulo — O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, vai passar o feriado de 7 de setembro em Londres, a pedido do presidente Jair Bolsonaro , para estreitar relações com o que classificou de "novo governo" britânico.
Em referência à saída do Reino Unido da União Europeia , Mourão citou Bernard Shaw, afirmando que "há duas tragédias na vida, uma é não obter tudo o que seu coração deseja, a outra é obter", brincou durante palestra para empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ)., onde evitou a imprensa.
Ele afirmou, no entanto, que o Brexit pode ser uma grande oportunidade para o Brasil no comércio exterior. "Todos aqueles que estão afinados e com essa visão de mundo têm de começar a pensar como vamos nos ligar com esse novo governo. Vou no 7 de Setembro para lá iniciar esse trabalho importante", afirmou.
O vice-presidente também voltou a afirmar a posição do governo favorável à reeleição do atual presidente da Argentina, Mauricio Macri, mas admitiu que a tendência é que a chapa de oposição, que tem a ex-presidente argentina Cristina Kirchner concorrendo a um cargo correspondente ao seu, deve ganhar.
"Óbvio que gostaríamos que o presidente Macri, que tem um relacionamento muito bom com o nosso governo, vencesse essa eleição. Mas os indícios são muito fortes de que a vitória irá pro lado lá do Fernandéz e da Cristina Kirchner ", afirmou durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), onde não falou com a imprensa.
"A Argentina é nosso terceiro parceiro comercial, então nós temos que manter essa ligação, não só por isso mas também pelo berço comum e as ligações históricas que temos", declarou, citando o ex-primeiro ministro do Reino Unido Lord Palmerston: "Não tem amizades eternas nem inimigos perpétuos, existem os nossos interesses", indicando que o governo Bolsonaro não irá retaliar um eventual governo de oposição na Argentina.