Brasil

Motoristas encerram greve de ônibus no ABC Paulista

As permissionárias operam 29 linhas com cerca de 230 ônibus, ligando São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema e Mauá à capital paulista


	Paralisação: os funcionários reivindicavam pagamento de salários atrasados
 (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Paralisação: os funcionários reivindicavam pagamento de salários atrasados (Rovena Rosa/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 08h46.

Após um dia de greve, motoristas e cobradores das empresas de ônibus intermunicipais do ABC Paulista retornaram ao trabalho no início da manhã de hoje (9). Segundo a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) de São Paulo, gestora do serviço, a paralisação prejudicou 30 mil usuários.

Participaram da greve operadores das viações São Camilo, Urbana, Imigrantes, Riacho Grande, Triângulo e da Empresa Auto Ônibus Santo André.

As permissionárias operam 29 linhas com cerca de 230 ônibus, ligando São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema e Mauá à capital paulista, principalmente no Terminal Sacomã, zona sul.

Os funcionários reivindicavam pagamento de salários atrasados. A assessoria de imprensa da EMTU não soube informar se os pagamentos foram regularizados.

A Agência Brasil não conseguiu contato com as empresas, que pertencem a um único dono, nem com o Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC.

A EMTU informou que as empresas serão autuadas por não cumprirem com o serviço e poderão receber multas, cujos valores ainda não foram estipulados. No total, 17 empresas atendem à região do ABC Paulista.

Está marcada para 19 de setembro uma audiência pública para a nova concessão das linhas metropolitanas. Na sequência, será publicado edital de licitação.

Em nota, as empresas informaram que vêm passando por sérias dificuldades financeiras desde janeiro de 2015, já que a EMTU não tem garantido o repasse de valores relativos à gratuidade para estudantes e idosos.

"Somente foi efetuado até 31/12/2015, estando hoje pendente todo o ano de 2016. Esse repasse representa a quantia de R$ 3,8 milhões, valor que deveria chegar aos cofres das empresas mensalmente. A falta desse repasse afeta toda a instabilidade econômica das empresas, inclusive fazendo com que os pagamentos salariais sejam feitos com atraso”, diz a nota.

A EMTU, por sua vez, disse não ter pendências financeiras com as empresas, incluindo o repasse do subsídio que garante a gratuidade para estudantes e idosos.

Acompanhe tudo sobre:Estado de São PauloGrevesÔnibusTransporte públicoTransportes

Mais de Brasil

Câmara aprova projeto de lei que altera as regras das emendas parlamentares

PF envia ao STF pedido para anular delação de Mauro Cid por contradições

Barroso diz que golpe de Estado esteve 'mais próximo do que imaginávamos'

Plano de assassinato de Lula surpreende Planalto: é pior que o 8 de janeiro, dizem assessores