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Motivações do impeachment são ódio e preconceito, diz Lula

Ex-presidente disse que a continuidade de Dilma no poder é fundamental para evitar retrocessos sociais no Brasil

Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião com Sindicatos e Movimentos Sociais no Sindicato dos Engenheiros em defesa da democracia (Paulo Pinto/ Agência PT)
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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 14h49.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (7) que a motivação por trás do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff é ódio.

“O impeachment faz parte um processo democrático, mas o impeachment tem que ter uma razão, uma motivação. No caso da Dilma, não tem nenhuma motivação, nem razão a não ser ódio, a não ser preconceito”, ressaltou em discurso, ao participar de um encontro de articulação de movimentos sociais e centrais sindicais contra o impedimento.

As lideranças sindicais e da sociedade civil devem passar o dia reunidas e anunciar à noite uma agenda de manifestações contra a destituição da presidente.

O processo começou a tramitar na semana passada, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha acolheu o pedido elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.

Os nomes dos deputados que vão compor a Comissão Especial que vai analisar o pedido devem ser anunciados no início da noite de hoje.

Lula disse que a continuidade de Dilma no poder é fundamental para evitar retrocessos sociais no Brasil.

“Para a gente reconstruir o direito de brigar outra vez, a gente não pode permitir que haja um golpe de Estado, via impeachment no Congresso Nacional. Porque não tem base jurídica, como não tem base política”, enfatizou.

O ex-presidente acusou os partidos de oposição, derrotados na eleição de 2014, de boicotarem o governo federal no Congresso, impedindo a adoção de medidas necessárias para a recuperação econômica.

“A oposição é que não desmontou o palanque, não desmontou o carro de som. Faz todo o esforço para evitar que a companheira Dilma governe este país. Faz todo o esforço para evitar que as coisas aconteçam nesse país”, disse.

Para Lula, o movimento pelo impeachment é, na verdade, uma luta contra o projeto político implementado pelo PT nos últimos anos: “Eles querem tirar a Dilma, porque sabem que enquanto ela estiver lá, os pobres vão continuar tendo direito a universidade, as cotas vão ser defendidas e o Minha Casa, Minha Vida vai continuar”.

Na opinião do ex-presidente, o governo deve monitorar de perto as movimentações dos parlamentares.

“É importante que a gente não abra mão de fiscalizar e saber construir a maioria absoluta que nós precisamos ter dentro do Congresso Nacional, para evitarmos ser pegos de surpresa em uma votação qualquer”, disse.

Os meios de comunicação também precisam, na opinião de Lula, serem monitorados pela sociedade civil.

“Porque a imprensa pode ter um papel extraordinário de ajudar a informar corretamente a sociedade brasileira. O que seria muito bom. Ou ela pode fazer uma opção de ter uma pendência para esse ou aquele lado. Se ela tiver que fazer essa opção, que ela faça para o lado decente da política brasileira, o lado justo e do respeito à democracia e ao Estado de Direito”.

União

Lula também defendeu a união entre os diversos movimentos e partidos, deixando as diferenças temporariamente de lado.

“É como se nós estivéssemos andando em um trem que tivesse descarrilado. Nós agora não temos que ficar brigando qual é o vagão que a gente vai. A gente tem que colocar o trem outra vez nos trilhos. Quando ele estiver no trilho, a gente vai brigar”, recomendou.

Nesse sentido, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, João Paulo Rodrigues, disse que há unidade em torno da defesa do mandato, apesar das divergências com o governo.

“Ela tem que terminar o seu mandato. Então, os movimentos tem que continuar pressionando, pedindo mudanças no governo, para que possa atender ao conjunto das pautas. Mas o que deu unidade aqui é a manutenção e garantia do mandato. Nesse sentido, nós vamos fazer uma grande jornada de lutas”, ressaltou ao defender avanços na reforma agrária e mudanças na política econômica.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, destacou que os sindicatos também esperam mudanças nos rumos da economia. No entanto, a central sindical não acredita que a destituição de Dilma seja o caminho para isso.

“Nós sabemos que tem que ter transformação. Mas a transformação não se dá pelo impeachment. O impeachment é apenas um subterfúgio do Cunha e aqueles que perderam a eleição para tomar o poder. Não é para melhorar o povo brasileiro”, enfatizou.

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“O impeachment faz parte um processo democrático, mas o impeachment tem que ter uma razão, uma motivação. No caso da Dilma, não tem nenhuma motivação, nem razão a não ser ódio, a não ser preconceito”, ressaltou em discurso, ao participar de um encontro de articulação de movimentos sociais e centrais sindicais contra o impedimento.

As lideranças sindicais e da sociedade civil devem passar o dia reunidas e anunciar à noite uma agenda de manifestações contra a destituição da presidente.

O processo começou a tramitar na semana passada, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha acolheu o pedido elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.

Os nomes dos deputados que vão compor a Comissão Especial que vai analisar o pedido devem ser anunciados no início da noite de hoje.

Lula disse que a continuidade de Dilma no poder é fundamental para evitar retrocessos sociais no Brasil.

“Para a gente reconstruir o direito de brigar outra vez, a gente não pode permitir que haja um golpe de Estado, via impeachment no Congresso Nacional. Porque não tem base jurídica, como não tem base política”, enfatizou.

O ex-presidente acusou os partidos de oposição, derrotados na eleição de 2014, de boicotarem o governo federal no Congresso, impedindo a adoção de medidas necessárias para a recuperação econômica.

“A oposição é que não desmontou o palanque, não desmontou o carro de som. Faz todo o esforço para evitar que a companheira Dilma governe este país. Faz todo o esforço para evitar que as coisas aconteçam nesse país”, disse.

Para Lula, o movimento pelo impeachment é, na verdade, uma luta contra o projeto político implementado pelo PT nos últimos anos: “Eles querem tirar a Dilma, porque sabem que enquanto ela estiver lá, os pobres vão continuar tendo direito a universidade, as cotas vão ser defendidas e o Minha Casa, Minha Vida vai continuar”.

Na opinião do ex-presidente, o governo deve monitorar de perto as movimentações dos parlamentares.

“É importante que a gente não abra mão de fiscalizar e saber construir a maioria absoluta que nós precisamos ter dentro do Congresso Nacional, para evitarmos ser pegos de surpresa em uma votação qualquer”, disse.

Os meios de comunicação também precisam, na opinião de Lula, serem monitorados pela sociedade civil.

“Porque a imprensa pode ter um papel extraordinário de ajudar a informar corretamente a sociedade brasileira. O que seria muito bom. Ou ela pode fazer uma opção de ter uma pendência para esse ou aquele lado. Se ela tiver que fazer essa opção, que ela faça para o lado decente da política brasileira, o lado justo e do respeito à democracia e ao Estado de Direito”.

União

Lula também defendeu a união entre os diversos movimentos e partidos, deixando as diferenças temporariamente de lado.

“É como se nós estivéssemos andando em um trem que tivesse descarrilado. Nós agora não temos que ficar brigando qual é o vagão que a gente vai. A gente tem que colocar o trem outra vez nos trilhos. Quando ele estiver no trilho, a gente vai brigar”, recomendou.

Nesse sentido, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, João Paulo Rodrigues, disse que há unidade em torno da defesa do mandato, apesar das divergências com o governo.

“Ela tem que terminar o seu mandato. Então, os movimentos tem que continuar pressionando, pedindo mudanças no governo, para que possa atender ao conjunto das pautas. Mas o que deu unidade aqui é a manutenção e garantia do mandato. Nesse sentido, nós vamos fazer uma grande jornada de lutas”, ressaltou ao defender avanços na reforma agrária e mudanças na política econômica.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, destacou que os sindicatos também esperam mudanças nos rumos da economia. No entanto, a central sindical não acredita que a destituição de Dilma seja o caminho para isso.

“Nós sabemos que tem que ter transformação. Mas a transformação não se dá pelo impeachment. O impeachment é apenas um subterfúgio do Cunha e aqueles que perderam a eleição para tomar o poder. Não é para melhorar o povo brasileiro”, enfatizou.

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