Morte de morador no Complexo da Maré gera protestos
Os manifestantes asseguram que a vítima era um trabalhador sem vínculo com grupos criminosos
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2014 às 15h57.
Rio de Janeiro - A primeira morte de uma pessoa em uma ação militar no Conjunto de Favelas da Maré, ocupado na semana passada pelas Forças Armadas, gerou neste sábado uma série de protestos dos moradores da região, que asseguram que a vítima era um trabalhador sem vínculo com grupos criminosos.
Após o incidente, centenas de habitantes da Maré participaram da manifestação no conjunto de favelas onde vivem cerca de 130 mil pessoas e tentaram bloquear duas importantes vias que cortam a favela, mas foram impedidos pela Polícia, informaram fontes oficiais.
De acordo com a secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, a vítima, de 20 anos, morreu na manhã deste sábado em uma suposta troca de tiros com soldados.
O fato ocorreu na Vila dos Pinheiros, que foi ocupada há exatamente uma semana por 2.700 militares em uma operação destinada a expulsar definitivamente os grupos de criminosos que por décadas dominaram a região.
Até agora não havia sido registrada nenhuma morte na Maré desde que a região passou a ser patrulhada por soldados do Exército e infantes da Marinha.
Apesar da versão oficial de que a morte aconteceu em uma troca de tiros, os moradores da região disseram que a vítima trabalhava em uma empresa de lavagem de automóveis e que foi baleada quando chegava ao local.
Os moradores disserram que o jovem se assustou ao ver algumas pessoas correndo e ao escutar os disparos, e que também correu sem suspeitar que poderia ser confundido com criminosos perseguidos pelos militares.
Os manifestantes se queixaram das estritas medidas adotadas pelo Exército na Maré que impedem a livre mobilização dos habitantes e das seguidas revistas.
O complexo da Maré, localizado em um lugar estratégico do Rio de Janeiro por atravessar três importantes avenidas e a poucos quilômetros do aeroporto internacional, estará ocupada pelos militares durante todo o Mundial de futebol do Brasil 2014.
A ocupação do Exército inicialmente se prolongará até 31 de julho, embora a presença das Forças Armadas no bairros poderia se prolongar se as autoridades acharem oportuno.
Os militares apenas sairão do local quando o governo do Rio de Janeiro instalar na Maré uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
A chamada política de pacificação prevê que todas as favelas do Rio de Janeiro contem com UPPs até os Jogos Olímpicos de 2016.
O complexo de Maré, composto por 15 favelas, era considerado o último grande bastião do narcotráfico no Rio de Janeiro até duas semanas, quando 1.200 policiais liderados pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e apoiados por 21 blindados militares ocuparam os bairros.
Uma semana depois, os militares substituíram os policiais.
Rio de Janeiro - A primeira morte de uma pessoa em uma ação militar no Conjunto de Favelas da Maré, ocupado na semana passada pelas Forças Armadas, gerou neste sábado uma série de protestos dos moradores da região, que asseguram que a vítima era um trabalhador sem vínculo com grupos criminosos.
Após o incidente, centenas de habitantes da Maré participaram da manifestação no conjunto de favelas onde vivem cerca de 130 mil pessoas e tentaram bloquear duas importantes vias que cortam a favela, mas foram impedidos pela Polícia, informaram fontes oficiais.
De acordo com a secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, a vítima, de 20 anos, morreu na manhã deste sábado em uma suposta troca de tiros com soldados.
O fato ocorreu na Vila dos Pinheiros, que foi ocupada há exatamente uma semana por 2.700 militares em uma operação destinada a expulsar definitivamente os grupos de criminosos que por décadas dominaram a região.
Até agora não havia sido registrada nenhuma morte na Maré desde que a região passou a ser patrulhada por soldados do Exército e infantes da Marinha.
Apesar da versão oficial de que a morte aconteceu em uma troca de tiros, os moradores da região disseram que a vítima trabalhava em uma empresa de lavagem de automóveis e que foi baleada quando chegava ao local.
Os moradores disserram que o jovem se assustou ao ver algumas pessoas correndo e ao escutar os disparos, e que também correu sem suspeitar que poderia ser confundido com criminosos perseguidos pelos militares.
Os manifestantes se queixaram das estritas medidas adotadas pelo Exército na Maré que impedem a livre mobilização dos habitantes e das seguidas revistas.
O complexo da Maré, localizado em um lugar estratégico do Rio de Janeiro por atravessar três importantes avenidas e a poucos quilômetros do aeroporto internacional, estará ocupada pelos militares durante todo o Mundial de futebol do Brasil 2014.
A ocupação do Exército inicialmente se prolongará até 31 de julho, embora a presença das Forças Armadas no bairros poderia se prolongar se as autoridades acharem oportuno.
Os militares apenas sairão do local quando o governo do Rio de Janeiro instalar na Maré uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
A chamada política de pacificação prevê que todas as favelas do Rio de Janeiro contem com UPPs até os Jogos Olímpicos de 2016.
O complexo de Maré, composto por 15 favelas, era considerado o último grande bastião do narcotráfico no Rio de Janeiro até duas semanas, quando 1.200 policiais liderados pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e apoiados por 21 blindados militares ocuparam os bairros.
Uma semana depois, os militares substituíram os policiais.