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Morre 4º bombeiro que combateu incêndio em boate no Centro do RJ

O bombeiro e mais três morreram durante combate ao incêndio que atingiu a boate Quatro por Quatro, na última sexta-feira (18)

Incêndio: Apenas um dos feridos na operação segue internado: o capitão David Mont'serrat Vieira da Cunha (Google Street View/Reprodução)
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Clara Cerioni

Publicado em 20 de outubro de 2019 às 11h35.

Rio de Janeiro — O Corpo deBombeiros do Rio de Janeiro confirmou a morte do 4º militar que trabalhou no combate ao incêndio da boate Quatro por Quatro, na última sexta-feira (18) no Centro do Rio. O 1º sargento Rafael Magalhães Frauches Alves estava internado no Hospital Central Aristarcho Pessoa, em estado grave, e morreu na madrugada deste domingo (20).

Antes do sargento Rafael, outros trêsbombeiros já haviam falecido: os cabos Klerton Gonçalves de Araújo e José Pereira de Sá Neto e o 2º sargento Geraldo Alves Ribeiro. Os três que foram sepultados neste sábado (19) com honras militares.

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Apenas um dos feridos na operação segue internado: o capitão David Mont'serrat Vieira da Cunha. Segundo informou a corporação David segue recebendo cuidados na unidade hospitalar da corporação e o estado de saúde dele é estável. Já o capitão Thiago Agostinho Dias, que também ficou ferido, recebeu alta hospitalar.

Por meio de uma nota de pesar, o Corpo deBombeiros se solidarizou com familiares, amigos e colegas de farda das vítimas e declarou que vai abrir uma sindicância para apurar as causas da fatalidade.

"Nosso pesar e nossa continência a estes militares que morreram cumprindo a valorosa missão que escolheram. Serão lembrados como verdadeiros heróis", declarou na nota o comandante-geral da corporação, o coronel Roberto Robadey Jr.

O incêndio

O fogo começou por volta das 11h30 de sexta-feira, 18. O antigo casarão onde funcionava a Quatro por Quatro — que se apresentava como "spa para homens" e tinha muitas funcionárias mulheres —, estava vazio, e o fogo foi rapidamente controlado num primeiro momento.

A Rua Buenos Aires, no trecho entre a Avenida Rio Branco e a Rua da Quitanda, foi interditada pelosbombeiros, e os prédios ao lado, evacuados. A fumaça tomou a Avenida Rio Branco, e ruas próximas.

O incêndio envolveu a região em fumaça, que chegou à Igreja da Candelária. O tráfego do VLT chegou a ser parcialmente interrompido.

Na manhã deste sábado, 19, a área continuava interditada pela Defesa Civil na altura da Quatro por Quatro, no número 44. Dois carros do Corpo deBombeiros e uma ambulância permaneciam posicionados no local. Responsável por apurar as condições estruturais do imóvel, a Defesa Civil também montou uma tenda no local.

"Começou um pouco antes do meio-dia. Só via fumaça, o pessoal saindo correndo e depois osbombeiros chegando. Eles chegaram rápido. Mais tarde vimos algunsbombeiros saindo chorando, outros passando mal. Foi bem triste", contou João Batista, que trabalha como porteiro em um prédio vizinho à boate há cinco anos.

O Corpo deBombeiros abriu uma sindicância em paralelo à investigação da Polícia Civil para tentar esclarecer o caso. Mais de 70 militares de 14 unidades participaram do combate às chamas e evacuação das vítimas, com apoio de 30 viaturas.

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