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Moro defende mudanças no pacote anticrime e pede votação nesta semana

Rodrigo Maia disse que a votação do requerimento de urgência seria realizada na semana passada, mas não houve acordo entre os partidos

Moro: ministro disse que há uma expectativa que a votação seja feita nesta semana ou na próxima (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Moro: ministro disse que há uma expectativa que a votação seja feita nesta semana ou na próxima (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 16h21.

Brasília — O ministro da Justiça, Sergio Moro, defendeu nesta terça-feira (3), que a Câmara faça mudanças no projeto anticrime no plenário. Moro citou temas como o “plea bargain” e a proibição de progressão de regime para o preso que se mantiver ligado à organização criminosa, propostas que foram retiradas do projeto pelo grupo de trabalho.

"Algumas coisas até não houve muita concordância no grupo de trabalho, que fez um estudo relevante, unificou os projetos. Alguns pontos, no entanto, acho que por falta até de compreensão melhor, ficaram de fora. Questão do plea bargain, de acordo penal, a questão de proibição de progressão do preso que se mantém vinculado a organização criminosa, a questão do agente disfarçado, mas tudo isso está sendo objeto de um diálogo saudável com os parlamentares", afirmou.

O ministro disse que há uma expectativa que a votação seja feita nesta semana ou na próxima. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a votação do requerimento de urgência seria realizada na semana passada, mas não houve acordo entre os partidos. Um novo prazo foi dado para acelerar a votação.

"Nós acreditamos no projeto anticrime, quem apresenta um projeto quer ver a deliberação sobre ele o quanto antes. Evidentemente a gente respeita o Congresso, as decisões que forem tomadas no Congresso. Há, no entanto, essa expectativa, como foi declarado pelos próprios congressistas, de votação nesta semana, eventualmente na próxima", disse Moro.

Moro participou de um almoço com a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), que reúne 243 deputados e 39 senadores. O presidente da Frente, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), disse que a FPA tem fidelidade somente a assuntos da agropecuária, mas estima que em torno de 200 parlamentares sejam favoráveis ao projeto.

"A gente conhece o perfil dos parlamentares e a Frente seguramente no projeto anticrime terá um número bem maior, em torno de 200 parlamentares, não menos do que isso", disse o deputado.

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