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Moreira Franco acusa delatores de serem mentirosos

Janot acusou o ministro de ter atuado na organização criminosa do PMDB na Câmara dos Deputados

Moreira Franco: "Reitero que jamais participei de qualquer grupo para a prática do ilícito" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Moreira Franco: "Reitero que jamais participei de qualquer grupo para a prática do ilícito" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 21h22.

Brasília - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, negou que tenha participado de qualquer grupo para a prática de ilícito.

"Reitero que jamais participei de qualquer grupo para a prática do ilícito. Essa denúncia foi construída com a ajuda de delatores mentirosos que negociam benefícios e privilégios. Responderei de forma conclusiva quando tiver conhecimento do processo", afirmou por meio de nota, em resposta à denúncia protocolada hoje no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na denúncia, Janot acusa o presidente Michel Temer (PMDB) de ter atuado como líder da organização criminosa de seu partido desde maio de 2016 e acusa os integrantes do chamado "quadrilhão do PMDB da Câmara", entre eles, o ministro Moreira Franco.

Segundo a denúncia, eles praticaram ações ilícitas em troca de propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados.

Outras defesas

Em nota, Cezar Bitencourt, que defende Rocha Loures, afirmou:

"Rodrigo Rocha Loures não participou de nenhum acordo de pagamento ou recebimento de propinas atribuído ao PMDB da Câmara. Rodrigo era apenas um assessor pessoal do Presidente e não tinha nenhuma intervenção em atividades financeiras, ao contrário da recente denúncia contra o PMDB da Câmara. A defesa repudia veemente mais uma denúncia leviana de Rodrigo Janot!!!"

Sobre a denúncia por organização criminosa feita por Janot contra o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o advogado Daniel Gerber que defende o ministro afirma:

"Entendo como equivocada o oferecimento de uma denúncia com base em delações que estão sob suspeita, mas iremos demonstrar nos autos a inexistência da hipótese acusatória".

Sobre a nova denúncia oferecida pela PGR, a defesa de Eduardo Cunha tem a dizer que "provará no processo o absurdo das acusações postas, as quais se sustentam basicamente nas palavras de um reincidente em delações que, diferentemente dele, se propôs a falar tudo o que o Ministério Público queria ouvir para fechar o acordo de colaboração".

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