Brasil

Moraes libera investigação da 'Abin paralela' à defesa de Carlos Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, esclareceu em sua decisão que o acesso "permanece até o final da investigação"

Carlos Bolsonaro: vereador é um dos investigados, suspeito de fazer parte do "núcleo político" do esquema, e foi alvo de buscas nesta semana (Câmara do Rio/Divulgação)

Carlos Bolsonaro: vereador é um dos investigados, suspeito de fazer parte do "núcleo político" do esquema, e foi alvo de buscas nesta semana (Câmara do Rio/Divulgação)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 1 de fevereiro de 2024 às 11h42.

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a defesa do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) a ter acesso aos autos da investigação da Polícia Federal (PF) sobre o suposto esquema de espionagem ilegal que teria sido montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O vereador é um dos investigados, suspeito de fazer parte do "núcleo político" do esquema, e foi alvo de buscas nesta semana. A defesa dele pediu para se inteirar dos documentos e provas e, segundo o STF, o material está disponível para consulta. "Os advogados precisam buscar no gabinete", informou a Corte.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, esclareceu em sua decisão que o acesso "permanece até o final da investigação", ou seja, a defesa do vereador estará a par de novos volumes que venham a ser juntados aos autos.

A Abin é o principal órgão do sistema de inteligência federal e tem como atribuição produzir informações estratégicas sobre temas sensíveis, como ameaças à democracia e às fronteiras, segurança das comunicações do governo, política externa e terrorismo. Para a PF, a agência foi instrumentalizada no governo Bolsonaro e usada para atender interesses privados do grupo político do ex-presidente.

Carlos Bolsonaro foi arrastado para o inquérito depois que a Polícia Federal encontrou mensagens trocadas entre uma assessora dele e uma auxiliar do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem sobre inquéritos sigilosos de interesse da família Bolsonaro. A assessora do vereador pede ajuda para levantar informações sobre as investigações.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre de MoraesJustiçaCarlos Bolsonaro

Mais de Brasil

Caso Marielle: Moraes solicita data para julgamento dos acusados

Exame toxicológico será obrigatório para 1ª CNH após derrubada de vetos

Aumento real foi zero, diz secretária de SP sobre reajuste da Sabesp

Congresso derruba veto a PL que isenta Embrapa de taxas para pesquisas