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Moraes decretou prisão de Silvinei Vasques por risco de obstrução da investigação

Ministro do STF afirma que testemunhas podem ter mentido devido a 'termo reverencial' em relação a ex-diretor

Moraes: ministro do STF está avaliando ataques ao processo eleitoral nas eleições de 2022 (Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)

Moraes: ministro do STF está avaliando ataques ao processo eleitoral nas eleições de 2022 (Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 9 de agosto de 2023 às 14h25.

Última atualização em 9 de agosto de 2023 às 14h39.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), justificou a decretação de prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques alegando risco de obstrução à investigação.

Silvinei foi preso nesta quarta-feira, 9, pela suspeita de tentativa de interferência nas eleições presidenciais. De acordo com a investigação da Polícia Federal (PF), integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e material com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia do segundo turno.

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Na decisão em que autorizou a prisão, Moraes ressalta que a PF relatou que duas testemunhas "aparentemente faltaram com a verdade" em seus depoimentos, e que isso pode ter ocorrido devido a um "temor reverencial" em relação ao ex-diretor-geral. O ministro escreve que se Silvinei continuasse solto "teria poder de influenciar no depoimento de eventuais testemunhas".

As testemunhas que teriam mentido durante a investigação são Naralúcia Leite Dias, ex-chefe do Serviço de Análise de Inteligência, e Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de Análise de Inteligência.

"A Polícia Federal, inclusive, aponta a ocorrência de prejuízo à instrução criminal, em virtude dessa situação de Silvinei Vasques, por pelo menos uma vez, relativamente a Naralúcia Leite Dias [então Chefe do Serviço de Análise de Inteligência da PRF] e Adiel Pereira Alcântara [então Coordenador de Análise de Inteligência da PRF], que aparentemente faltaram com a verdade ao prestar depoimento, conforme já relatado, indicando a presença de temor reverencial em relação à pessoa de Silvinei Vasques, a comprovar que, em liberdade, teria poder de influenciar no depoimento de eventuais testemunhas", escreveu Moraes.

O ministro também afirmou que as condutas imputadas a Silvinei são "gravíssimas" e que as provas apresentadas justificam a prisão preventiva. Além disso, também destacou que as diligências sugeridas são "imprescindíveis para a completa apuração" dos fatos.

"As condutas imputadas a Silvinei Vasques são gravíssimas e as provas apresentadas, bem como as novas diligências indicadas pela Polícia Federal como imprescindíveis para a completa apuração das condutas ilícitas investigadas, comprovam a necessidade da custódia preventiva para a conveniência da instrução criminal", declarou.

PGR defendeu apenas busca

A PF solicitou a prisão preventiva de Silvinei e a realização de busca e apreensão em sua casa. Ao comentar o pedido, a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou apenas com a busca. Moraes, contudo, seguiu o pedido original da PF.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre de MoraesSupremo Tribunal Federal (STF)

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