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Mônica e Santana: Dilma sabia

O casal de marqueteiros Mônica Moura e João Santana, delatores da Operação Lava-Jato, afirmaram nesta segunda-feira que a ex-presidente Dilma Rousseff sabia do esquema de caixa dois utilizado em sua campanha para reeleição em 2014. As revelações foram feitas em depoimento por videoconferência ao ministro Herman Benjamin, relator do processo, que pede a cassação da […]

DILMA ROUSSEFF:  segundo Mônica, a reunião com a ex-presidente para tratar de caixa dois aconteceu  no próprio Palácio do Planalto / Ueslei Marcelino / Reuters

DILMA ROUSSEFF: segundo Mônica, a reunião com a ex-presidente para tratar de caixa dois aconteceu no próprio Palácio do Planalto / Ueslei Marcelino / Reuters

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2017 às 18h55.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h24.

O casal de marqueteiros Mônica Moura e João Santana, delatores da Operação Lava-Jato, afirmaram nesta segunda-feira que a ex-presidente Dilma Rousseff sabia do esquema de caixa dois utilizado em sua campanha para reeleição em 2014. As revelações foram feitas em depoimento por videoconferência ao ministro Herman Benjamin, relator do processo, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer em 2014.

Mônica afirmou que tratou pessoalmente com a ex-presidente Dilma Rousseff de repasses para a campanha. Segundo seu relato, a reunião entre ela e Dilma para tratar de caixa dois aconteceu por volta de maio de 2014, no próprio Palácio do Planalto. O depoimento corrobora uma reportagem da revista VEJA que afirmava que, desde o início das negociações para uma delação premiada, Mônica e Santana se dispuseram a comprovar que Dilma autorizara pessoalmente as operações com caixa dois em sua campanha.

Mônica disse ainda que a própria Dilma deu aval para que o caixa dois funcionasse, e que os detalhes dos pagamentos eram responsabilidade do ex-ministro Guido Mantega. O presidente Michel Temer, segundo Mônica, limitava-se a falar com ela sobre a preparação dos programas de TV.

Na última semana, João Santana já havia detalhado ao juiz Sergio Moro a participação da Odebrecht como financiadora ilegal de campanhas eleitorais e afirmado que o ex-ministro Antonio Palocci indicara a empreiteira como uma espécie de caixa complementar da campanha anterior de Dilma, em 2010.

O casal de marqueteiros teria recebido, segundo os depoimentos, 105 milhões de reais na campanha de 2014 — dos quais 70 milhões pagos por meio de caixa dois. A delação premiada é considerada a pá de cal contra Dilma Rousseff na ação que tramita no TSE. O futuro de Temer segue indefinido — suas fichas continuam apostadas na separação das contas, ainda em análise.

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