Brasil

Momento é de "pregar o amor", diz Temer em Rondônia

Durante a inauguração da unidade Amazônia do Hospital de Amor, o presidente declarou que "não devemos ter brasileiro contra brasileiro"

Temer: objeções de natureza política, de natureza administrativas" são "legitimas e naturais" (Adriano Machado/Reuters)

Temer: objeções de natureza política, de natureza administrativas" são "legitimas e naturais" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 16h39.

Porto Velho - Em um discurso precedido de diversas manifestações religiosas por parte de aliados, o presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira, 23, em inauguração da unidade Amazônia do Hospital de Amor (novo nome do Hospital de Câncer de Barretos), em Porto Velho, que o momento é de "pregar amor".

"É isso que devemos preservar, que nós devemos incentivar, que nós devemos pregar entre os brasileiros em geral", afirmou.

"Não devemos ter brasileiro contra brasileiro, mas brasileiro com brasileiro", completou. Temer disse que "objeções de natureza política, de natureza administrativas" são "legitimas e naturais e nos ajudam a construir o governo".

Usando um discurso supostamente feito pelo governador Confúcio Moura (PMDB), Temer disse que ouviu do peemedebista que ele era uma pessoa "serena e tranquila". Segundo o presidente, Confúcio lhe elogiou dizendo que ele é "um homem de conciliação", que não se abalou com as inverdades e sacadas contra ele o seu governo.

"Eu contei a ele que quando pequeno, aos 7 anos, entrei em uma igreja e vi a palavra temperança", explicou o presidente, que afirmou que depois de saber que o significado é ponderação e equilíbrio usou a expressão como lição. "Eu penso que aquele fato religioso pautou a minha conduta", disse o presidente.

Diferentemente do que tem feito habitualmente em seus discursos, o presidente não destacou e não fez um apelo direto pela reforma da Previdência e nem exaltou os dados econômicos, já que o governador de Rondônia havia feito uma extensa fala com os "dados positivos do governo". "Confúcio citou dados importantes e nosso governo tem apenas 18 meses", disse Temer.

Ele, no entanto, não deixou de fazer seu afago ao Congresso e repetiu que graças ao diálogo com os parlamentares tem conseguido aprovar as reformas.

"Congresso Nacional me deu apoio extraordinário", disse. "Não por acaso conseguimos fazer reformas sempre desejadas, mas não levadas adiante."

Hospital

A unidade Amazônia do Hospital de Amor, que oferece atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde, já está em funcionamento parcial, mas a previsão é que comece a realizar internações e cirurgias a partir de abril do ano que vem.

A unidade terá capacidade para atender 9 mil pacientes por mês e, segundo o governo, com a habilitação do hospital como unidade de alta complexidade em oncologia, ela passará a receber mais recursos da União.

Segundo o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, dos R$ 5 milhões necessários mensalmente para o custeio do local R$ 2 milhões virão do SUS e o restante serão recursos do Estado e de emendas parlamentares.

Temer elogiou a atuação da Prata à frente do hospital e lembrou de visitas que fez quando candidato a deputado na sede em Barretos, interior de São Paulo.

"Só mesmo uma figura dotada de um espiritualidade superior, capaz talvez de despojar-se das vaidades humanas para dedicar-se ao povo brasileiro, poderia realizar o que foi realizado em Barretos e que hoje está sendo realizado aqui em Rondônia", disse.

Temer disse ainda que muitas vezes "não se pode esperar tudo do poder público" e disse que Prata "foi atrás de construir um sistema enaltecido em todo País."

Acompanhe tudo sobre:Governo TemerMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPolítica no BrasilPolíticos brasileirosRondônia

Mais de Brasil

Acidente em MG: Motorista de carreta envolvida em tragédia se entrega após passar dois dias foragido

Quem é o pastor indígena que foi preso na fronteira com a Argentina

Oito pontos para entender a decisão de Dino que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão

Ministro dos Transportes vistoria local em que ponte desabou na divisa entre Tocantins e Maranhão