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Ministro ouve de Paulinho que governo é "lamentável"

Deputado disse até mesmo que o PDT precisa repensar a aliança com o PT para a sucessão presidencial de 2014

"Por que não volta o Lula, já que ela não tem governo? Fala só do passado. Queremos saber do governo dela, que tem sido lamentável", afirmou Paulinho "da Força" (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 17h36.

São Paulo - O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, ouviu nesta terça-feira o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, classificar o governo da presidente Dilma Rousseff de "lamentável", no primeiro encontro com a central desde que tomou posse, no dia 16.

"O governo Dilma vive muito do passado. (A presidente) falou 11 vezes do Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) ontem (em discurso de 50 minutos em Pernambuco). Por que não volta o Lula, já que ela não tem governo? Fala só do passado. Queremos saber do governo dela, que tem sido lamentável", afirmou Paulinho, em evento na sede da Força, em São Paulo.

Ele disse até mesmo que o PDT precisa repensar a aliança com o PT para a sucessão presidencial de 2014. Paulinho disse que a gestão Dilma não é "nem perto" o que foi a administração Lula.

"Eu estou muito insatisfeito com o governo. Ele não atendeu nada das reivindicações dos trabalhadores, não resolveu o fim do fator previdenciário, não resolveu o aumento dos aposentados, não resolveu as 40 horas. Além disso, a política econômica é um desastre, a indústria está quebrando."

Em discurso, o deputado do PDT de São Paulo defendeu o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi. "O Lupi caiu não porque é corrupto, mas porque tinha lado (o dos trabalhadores). Quando se tem lado no Brasil, apanha-se muito. A elite brasileira não aceita quem defende causas."

Paulinho criticou o ex-ministro do Trabalho Brizola Neto (PDT-RJ), dizendo: "Fui um dos que mais defendi a ida do Brizola para o ministério e fui o primeiro a pedir para derrubar porque ele não tem lado. Esperamos que você (ministro) seja nosso porta-voz no governo."

Dias discursou logo após o deputado do PDT, mas evitou entrar em polêmica. O ministro do Trabalho e Emprego afirmou que tem a missão de recuperar o prestígio da pasta.

"O desafio envolve o dia a dia dos trabalhadores. O ministério tem de agir como interveniente num grande debate entre patrões e empregados, buscando ampliar direitos, buscando condições para que o País cresça com a participação de todos." Questionado sobre se promoveria mudanças na Secretaria de Relações do Trabalho (SRT), Dias afirmou que ainda não teve tempo de analisar.

Conquistas

Paulinho declarou que a proposta que dá novas prerrogativas trabalhistas aos empregados domésticos, igualando-os aos demais trabalhadores privados, em votação no Senado, faz parte da luta histórica das centrais que deve beneficiar 7 milhões de assalariados. "Agora, uma coisa é aprovar a lei, outra é implementá-la." O deputado adiantou que, em evento programado para celebrar o Dia do Trabalho, no dia 1.º, o foco será a manutenção dos direitos, por meio da comemoração dos 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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São Paulo - O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, ouviu nesta terça-feira o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, classificar o governo da presidente Dilma Rousseff de "lamentável", no primeiro encontro com a central desde que tomou posse, no dia 16.

"O governo Dilma vive muito do passado. (A presidente) falou 11 vezes do Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) ontem (em discurso de 50 minutos em Pernambuco). Por que não volta o Lula, já que ela não tem governo? Fala só do passado. Queremos saber do governo dela, que tem sido lamentável", afirmou Paulinho, em evento na sede da Força, em São Paulo.

Ele disse até mesmo que o PDT precisa repensar a aliança com o PT para a sucessão presidencial de 2014. Paulinho disse que a gestão Dilma não é "nem perto" o que foi a administração Lula.

"Eu estou muito insatisfeito com o governo. Ele não atendeu nada das reivindicações dos trabalhadores, não resolveu o fim do fator previdenciário, não resolveu o aumento dos aposentados, não resolveu as 40 horas. Além disso, a política econômica é um desastre, a indústria está quebrando."

Em discurso, o deputado do PDT de São Paulo defendeu o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi. "O Lupi caiu não porque é corrupto, mas porque tinha lado (o dos trabalhadores). Quando se tem lado no Brasil, apanha-se muito. A elite brasileira não aceita quem defende causas."

Paulinho criticou o ex-ministro do Trabalho Brizola Neto (PDT-RJ), dizendo: "Fui um dos que mais defendi a ida do Brizola para o ministério e fui o primeiro a pedir para derrubar porque ele não tem lado. Esperamos que você (ministro) seja nosso porta-voz no governo."

Dias discursou logo após o deputado do PDT, mas evitou entrar em polêmica. O ministro do Trabalho e Emprego afirmou que tem a missão de recuperar o prestígio da pasta.

"O desafio envolve o dia a dia dos trabalhadores. O ministério tem de agir como interveniente num grande debate entre patrões e empregados, buscando ampliar direitos, buscando condições para que o País cresça com a participação de todos." Questionado sobre se promoveria mudanças na Secretaria de Relações do Trabalho (SRT), Dias afirmou que ainda não teve tempo de analisar.

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Paulinho declarou que a proposta que dá novas prerrogativas trabalhistas aos empregados domésticos, igualando-os aos demais trabalhadores privados, em votação no Senado, faz parte da luta histórica das centrais que deve beneficiar 7 milhões de assalariados. "Agora, uma coisa é aprovar a lei, outra é implementá-la." O deputado adiantou que, em evento programado para celebrar o Dia do Trabalho, no dia 1.º, o foco será a manutenção dos direitos, por meio da comemoração dos 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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