Ministro nega arquivar inquérito sobre vazamento de dados sigilosos
Pedido ao STF foi feito pela vice-procuradora Lindôra Araújo
Agência Brasil
Publicado em 5 de agosto de 2022 às 16h40.
Última atualização em 5 de agosto de 2022 às 16h48.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou hoje, 5, o arquivamento do inquérito que apura o suposto vazamento de informações sigilosas da Polícia Federal (PF).
O pedido de arquivamento foi feito na segunda-feira, 1º, pela vice-procuradora, Lindôra Araújo , que reiterou outro pedido de arquivamento do caso, requerido pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, em fevereiro deste ano.
Lindôra afirmou que a jurisprudência do STF é clara no sentido de que o pedido de arquivamento feito pela procuradoria deve ser acatado automaticamente por Alexandre de Moraes, relator do inquérito. Além disso, a procuradora disse que o ministro determinou diligências após o pedido de arquivamento.
Entenda
O caso trata da transmissão, ao vivo pelas redes sociais, realizada em agosto do ano passado, em que o presidente Jair Bolsonaro divulgou informações sobre o inquérito da PF que apura a invasão aos sistemas do Tribunal Superior Eleitora l (TSE) em 2018.
A íntegra do inquérito foi, depois, publicada nas redes sociais de Bolsonaro. Desde o episódio, o presidente afirma que a investigação não estava sob sigilo. Ao decidir a questão, Moraes disse que o questionamento da PGR está fora do prazo.
"Em quatro das cinco oportunidades de atuação do Ministério Público, a Procuradoria-Geral da República manifestou -se por meio da Dra. Lindôra Maria Araújo, vice-procuradora-geral da República, que, por meio de sua ciência, concordou com as referidas decisões, inexistindo a interposição de qualquer pedido de reconsideração, impugnação ou recurso no prazo processual adequado", decidiu.
(Agência Brasil)
LEIA TAMBÉM:
Gerdau leva bandas das cidades onde produz aço para tocar no Rio de Janeiro
SP treina maternidades e escolas para conter varíola dos macacos
Barroso diz que TSE não pode ser 'culpado' por investidas das Forças Armadas