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Ministro diz que ES voltará à normalidade e pede retorno de PMs

Em discurso pouco após chegar ao Espírito Santo, Raul Jungmann pediu aos policiais que retornem ao trabalho

O Ministro da Defesa Raul Jungmann em discurso no Espírito Santo: político reconheceu que reinvidicações são justas (Tânia Rego/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 11 de fevereiro de 2017 às 14h37.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2017 às 15h43.

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse neste sábado que se o Espírito Santo ainda não recuperou a "plena normalidade", está "a caminho disso", em mais um dia em que parentes de policiais militares permanecem bloqueando a entrada dos batalhões, apesar do anúncio da noite de sexta-feira, de que o estado havia chegado a um acordo para encerrar a paralisação da PM.

O acordo anunciado na sexta previa que os policiais que retornassem ao trabalho às 7h de sábado não sofreriam punições.

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Em discurso pouco após chegar ao Espírito Santo, Jungmann pediu aos policiais que retornem ao trabalho. "Os bons policiais devem honrar seu juramento", disse o ministro.

Jungmann disse que as reivindicações dos policiais "são justas", "mas o limite da justiça da reivindicação é a proteção da sociedade. Não se pode aceitar nenhuma reivindicação que coloque em risco a sociedade", disse.

A greve, que já dura uma semana, levou o governo federal a enviar mais tropas na tentativa de encerrar uma semana de anarquia no Estado, onde mais de 120 pessoas foram mortas.

Jungmann lembrou que esteve segunda-feira na região e que a capital do Estado, Vitória, era, então, uma "cidade-fantasma". "Hoje, Vitória caminha para o retorno da sua normalidade".

O Espírito Santo é um dos vários Estados que enfrentam uma crise orçamentária que está prejudicando serviços públicos essenciais para milhões de cidadãos. A greve policial na última semana, por causa de salários, causou uma crise de segurança, com roubos e saques, muitas vezes em plena luz do dia.

Um porta-voz do sindicato dos policiais no Estado disse que o número de mortos no período aumentou para 122, sendo que muitos deles seriam de gangues criminosas rivais. Autoridades do Estado não confirmam oficialmente o número de mortos.

(Texto de Leonardo Goy)

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